Projeto do IPG para tratar intoxicações por medicamentos ganha financiamento da FCT

Este projeto, que irá receber um financiamento de cerca de 50 mil euros da FCT, será desenvolvido por uma equipa do Centro de Potencial e Inovação de Recursos Naturais.

Uma equipa de investigadores do Instituto Politécnico da Guarda (IPG) vai utilizar microalgas para inibir a absorção de medicamentos no intestino em casos de intoxicações. O projeto chama-se MiADrugTox e acaba de receber a aprovação do financiamento por parte da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT).


“Vamos utilizar microalgas, que têm evidentes benefícios para a saúde, para tratar as intoxicações medicamentosas”, afirma Paula Coutinho, docente do IPG e coordenadora do projeto. “A ideia é incorporar micropartículas com biomassa de microalgas numa formulação de gel – a ser administrada por via oral – para facilitar o transporte ao longo do sistema gastrointestinal”.


“Os dados mostram que as intoxicações por medicamentos são um problema grave e um enorme desafio para os cuidados de saúde”, afirma Paula Coutinho. “A nossa solução é inovadora, sustentável, económica e, sobretudo, com menos efeitos adversos quando comparada com as terapias convencionais: lavagem gástrica, carvão ativado ou flumazenil”.


O Politécnico da Guarda vai estabelecer parceria com empresas da indústria farmacêutica para validarem a eficácia do produto em aplicações médicas.


Este projeto, que irá receber um financiamento de cerca de 50 mil euros da FCT, será desenvolvido por uma equipa do Centro de Potencial e Inovação de Recursos Naturais – constituída por investigadores e estudantes dos cursos de Biotecnologia Medicinal, de Farmácia e de Ciências Aplicadas à Saúde – que irão estudar e otimizar o rácio da biomassa de microalgas para obter uma eficiente adsorção do medicamento.


“O Politécnico da Guarda procura envolver os estudantes de licenciatura e de mestrado nos projetos de investigação e de inovação que desenvolve”, afirma Joaquim Brigas, presidente do IPG. “Estas iniciativas permitem uma maior proximidade ao mercado de trabalho e aos desafios que enfrenta”.


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