O Instituto Politécnico da Guarda – IPG vai aplicar a terapia do som para combater o abandono escolar, melhorar a qualidade de vida da população mais velha, promover a saúde mental e favorecer a integração de populações migrantes. Estas são “áreas nas quais o Politécnico da Guarda tem vindo a trabalhar ao longo dos últimos anos e a apresentar resultados promissores”, afirmou Joaquim Brigas, presidente do IPG, ao formalizar o acolhimento na instituição de um projeto de investigação inovador na área do som liderado pela antropóloga norte-americana Kristen Rogers.
Este projeto prevê a criação do Centro VIBES – um espaço dedicado à investigação, desenvolvimento e aplicação de métodos e ferramentas inovadoras de terapia do som, com impacto direto na comunidade. A formalização foi assinada no IPG a 22 de maio. Segundo Joaquim Brigas, “o Centro VIBES irá desenvolver, testar e implementar novas metodologias e ferramentas de terapia sonora em ambientes reais, contribuindo para o bem-estar e a inclusão em diversos contextos sociais, educacionais e clínicos”.
O projeto será transversal a todas as escolas do IPG e abordará áreas como a saúde, a música, ou a tecnologia. “Não se limitará a promover a investigação científica e a transferência de conhecimento, mas vai assumir um compromisso junto das forças vivas da sociedade civil e das comunidades locais”, afirma Pedro Fonseca, docente no IPG e um dos responsáveis pelo projeto. “Esse envolvimento direto, real e duradouro com a comunidade é precisamente um dos pontos distintivos desta iniciativa”.
Sediado no Politécnico da Guarda, o Centro VIBES irá adotar uma abordagem interdisciplinar e participativa, fundamentada nos princípios do design de fatores humanos – como o bem-estar social, bem-estar cultural, etc – e nos princípios do co-design social, ou seja: um processo onde diversas pessoas, com diferentes backgrounds e habilidades, se unem para criar algo juntos, levando em conta as necessidades e as ideias de todos.
O projeto vai reunir diversos atores – investigadores, docentes, técnicos, clínicos, estudantes, organizações comunitárias e representantes de diversas tradições terapêuticas, médicas e culturais – para criar soluções colaborativas com base científica, visando a integração da terapia do som em contextos reais.
O acolhimento deste projeto de investigação resulta do protocolo de colaboração entre o Politécnico da Guarda e a empresa Get Ready, no sentido “de reforçar a missão do IPG enquanto instituição de ensino superior de referência ao nível da inovação, da colaboração internacional e do desenvolvimento local e regional.”