Mais de 20.000 eleitores requereram até às 18 horas de ontem o voto antecipado em mobilidade para as eleições presidenciais, pedido que pode ser feito até quinta-feira, anunciou o ministro da Administração Interna.
“Até às 18 horas, portanto, ao fim de poucas horas do primeiro dia [ontem], tínhamos já 20.248 inscrições para voto antecipado, isto é, mais do que houve em 2019 nas eleições europeias”, disse Eduardo Cabrita, em conferência de imprensa, ontem, nas instalações do Ministério da Administração Interna (MAI), em Lisboa.
O governante falava aos jornalistas durante a apresentação das medidas da Administração Eleitoral para as eleições presidenciais, que este ano decorrem em plena pandemia de covid-19.
Os portugueses que não puderem votar nas presidenciais em 24 de janeiro podem pedir, desde ontem, para exercer o seu direito de voto uma semana antes, numa mesa de voto à sua escolha.
O voto antecipado em mobilidade foi alargado por lei aprovada no parlamento e pode ser feito na sede de cada um dos 308 concelhos do país, em vez da sede do distrito, como aconteceu nas eleições legislativas de 2019.
Assim, quem quiser antecipar o seu voto para 17 de janeiro, numa qualquer câmara municipal, em vez do dia 24 na mesa de voto onde está inscrito, tem de o fazer entre domingo e quinta-feira.
O pedido pode ser feito por via eletrónica junto do Ministério da Administração Interna no “site” www.votoantecipado.mai.gov.pt ou através de correio normal.
O eleitor deve mencionar o nome completo, data de nascimento, número de identificação civil, morada, mesa de voto antecipado em mobilidade onde pretende exercer o direito de voto, endereço de correio eletrónico e/ou contacto telefónico, havendo uma minuta na página da Internet do Ministério da Administração Interna.
No dia 17 de janeiro, o eleitor vota na mesa do local escolhido, de acordo com a alteração à lei, aprovada em outubro pela Assembleia da República.
Nas últimas legislativas, em 2019, mais de 50.000 eleitores votaram antecipadamente, uma semana antes das eleições.
Eduardo Cabrita anunciou também que houve uma redução do número de eleitores por mesa de voto, ou seja, que os habituais 1.500 cidadãos por mesa de voto foram reduzidos para 1.000.
Com esta alteração houve a criação de “2.800 secções de voto a mais”.
“Vamos passar de pouco mais de 10.000 [secções de voto] para cerca de 13.000 secções de voto e este é também um contributo para a redução dos ajuntamentos, das filas no memento de exercício de direito de voto”, completou o ministro.
O governante também recordou que, ao contrário do que era habitual em todos os atos eleitorais até hoje, por causa da pandemia, os cidadãos devem fazer-se acompanhar por uma caneta quando forem votar, para evitar que os eleitores utilizem as mesmas canetas, aumentando o risco de contágio pelo SARS-CoV-2.