Portugal subiu no ranking da publicação anual da Comissão Europeia em termos de inovação e atingiu a melhor classificação de sempre, sendo agora considerado um país “fortemente inovador”, anunciou hoje o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.
Em comunicado, o ministério explica que Portugal é agora o 12.º país mais inovador da União Europeia, após ter subido seis lugares face à posição que ocupava na edição de 2019 do European Innovation Scoreboard (EIS).
Nos resultados divulgados hoje pela publicação anual da Comissão Europeia, que pretende medir e acompanhar o desempenho dos Estados-membros em termos de inovação, Portugal, que já era líder do grupo de países “moderadamente inovadores” em 2019, subiu de posição e integra o grupo de países onde estão a Bélgica, Alemanha, Áustria, Irlanda, França e Estónia.
“Esta é a melhor posição de Portugal de sempre neste ‘ranking’, sendo de registar que é o país em que o indicador de inovação mais aumentou entre 2015 e 2019”, destaca a nota.
Para o ministério liderado por Manuel Heitor, os bons resultados de Portugal ao longo do tempo refletem o aumento da capacidade de inovação das empresas, das entidades de I&D (Investigação e Desenvolvimento) e da generalidade dos atores do Sistema Nacional de Inovação, incluindo as entidades públicas de apoio e promoção à I&D e à inovação.
A nota destaca ainda que Portugal é pelo segundo ano consecutivo líder numa das dimensões do ‘ranking’, a “inovação nas pequenas e médias empresas (PME)”, tendo em conta indicadores que exprimem a percentagem destas empresas com inovação de produtos/processos, marketing/organizacional e a percentagem de PME inovadoras que colaboram com outras PME.
“De acordo com o relatório do EIS 2020, sobressai também o desempenho nacional muito positivo no que diz respeito às condições de base para a inovação, sobretudo ao nível da atratividade e internacionalização do sistema de investigação e da penetração de banda larga, indicadores em que Portugal se encontra acima da média da UE [União Europeia]”, acrescenta.
Nesta dimensão, importa igualmente destacar o contributo da qualificação dos recursos humanos para a subida no ‘ranking’, com especial destaque para o alargamento da população com ensino superior, realça a tutela.
O comunicado assinala que nas restantes dimensões se destaca “a melhoria verificada ao nível da valorização económica da inovação, sobretudo em termos de emprego, fruto de uma subida bastante significativa do emprego em setores intensivos em conhecimento e em empresas de elevado crescimento”.
Atividades de empreendedorismo ou no nascimento de novas empresas são também mencionadas pelo EIS 2020 como estando acima da média da UE, e em linha com a média europeia em dimensões como a procura pública de produtos tecnologicamente avançado e nos procedimentos necessários para a criação de empresas.
O Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior acrescenta que as conclusões do diagnóstico do sistema de inovação desenvolvido pelo EIS 2020 tem merecido a atenção por parte das políticas públicas em Portugal.
A este propósito, aponta “as iniciativas inscritas no Programa Nacional de Reformas, bem como na Estratégia para a Inovação Tecnológica e Empresarial 2018-2030 e na ‘Lei da Ciência’, que procuram estimular uma melhor articulação entre as empresas e as entidades do sistema científico e tecnológico e a alteração da estrutura produtiva nacional para atividades de maior valor acrescentado”.