“Abolimos por completo a palavra praxe e esta será substituída pela integração pura e dura e irá ao encontro daquilo que o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, transmitiu na sua carta”, disse hoje à agência Lusa o presidente da Associação Académica do IPCB, Carlos Frederico.
Este responsável explicou que, no domingo, esta decisão foi tomada, por unanimidade, e adiantou que as atividades de integração vão ser reguladas por um departamento de associações académicas e que a sua fiscalização fica a cargo das respetivas associações de estudantes (AE) de cada uma das seis escolas do IPCB.
“Foi feito um alerta [sobre praxes] que foi compreendido por todas as estruturas do IPCB. Somos contra práticas ofensivas e de humilhação dos novos alunos. Nós [associação académica], a par das AE, estruturamos um plano de atividades lúdicas, culturais e solidárias, de cariz público”, disse.
Carlos Frederico adiantou ainda que cada uma das escolas que integra o IPCB tem o respetivo plano de atividades para integração dos novos alunos e reforçou o total repúdio sobre quaisquer atividades que possam lesar física ou psicologicamente os novos alunos da instituição.
O início do novo ano letivo começa hoje no IPCB, mas o presidente da associação académica explicou que as atividades de integração só começam amanhã.
“Hoje é o primeiro dia de aulas [no IPCB], mas não haverá qualquer tipo de atividades de integração, apenas algumas reuniões informais com os novos alunos. As atividades começam a partir de amanhã”, frisou.
Os alunos do IPCB cumprem hoje um dia de luto pela morte de um colega da Escola Superior de Educação (ESE) ao qual prestam uma homenagem: “Foram desafiados todos os alunos do IPCB a usar o traje académico com capa em ombros, nunca traçada, até à meia noite”.