Os Passadiços do Mondego, considerados pelo presidente da Câmara Municipal da Guarda, Sérgio Costa, como os “mais bonitos do país”, vão abrir ao público no verão, em data a anunciar.
“E, nós [Câmara], podemos afirmar que iremos avançar para a sua abertura ao público no próximo verão”, disse o autarca aos jornalistas.
Sérgio Costa (Movimento Pela Guarda) falava no final do dia de quinta-feira, na aldeia de Pero Soares, após uma visita pelo percurso dos Passadiços do Mondego, que começou próximo da aldeia de Videmonte e que teve como objetivo mostrar “o estado da arte” da execução da obra no terreno.
“A obra está na sua fase final, faltam pequenos apontamentos, montagem de pequenas infraestruturas. E, por isso, é que nós tomámos essa decisão que neste verão de 2022 vamos fazer a abertura dos Passadiços do Mondego a toda a população. À população da Guarda, da região, do país e da Europa”, explicou.
Segundo Sérgio Costa, os passadiços já começam a querer ser visitados por pessoas de fora do país, da Europa, e “não sabem onde é que eles são”.
O trajeto dos Passadiços do Mondego desenvolve-se nas margens do rio Mondego, nas proximidades da cidade da Guarda, ao longo de um percurso com cerca de 12 quilómetros.
Os passadiços, que ficam a 15 minutos da cidade, integram um percurso que inicia na aldeia de Videmonte, passa na aldeia dos Trinta, em Vila Soeiro e termina na barragem do Caldeirão.
O percurso incluirá travessias de pontes e zonas culturais e aproveitará grande parte dos caminhos já existentes.
O autarca da Guarda lembrou que a infraestrutura está inserida na Serra da Estrela, no Parque Natural da Serra da Estrela, no Geopark Estrela e “paredes meias” com as aldeias “belíssimas” de Videmonte, Trinta, Vila Soeiro, Misarela, Pero Soares, Chãos e Maçainhas.
E a autarquia quer mostrar a beleza existente “a toda a Europa”.
O projeto é considerado “âncora” para a Guarda e para toda a região, por reconhecer que atrairá visitantes para o concelho e também para os municípios vizinhos.
Sérgio Costa explicou aos jornalistas que ainda falta executar infraestruturas de apoio definitivas (como casas de banho e zonas de descanso em Videmonte, Trinta, Vila Soeiro e Chãos, entre outras), que envolvem um investimento da ordem de um milhão de euros, mas o município decidiu avançar para a abertura dos Passadiços do Mondego com equipamentos provisórios, enquanto é elaborado o licenciamento dos definitivos.
No entanto, referiu que a infraestrutura abrirá no verão, em data a anunciar brevemente, com todas as condições de segurança, para que a Guarda possa ser colocada “no mapa da atratividade turística” da região e do país.
No contexto global da obra, que tem cerca de sete quilómetros em madeira, ainda falta concluir pequenos troços junto às pontes sobre o rio Mondego.
Na opinião do autarca da cidade mais alta do país, os passadiços “têm mesmo que abrir à população”, uma vez que, como avançou, foi conseguido um financiamento comunitário de 85% para o investimento de cerca de três milhões de euros.
Ao longo do percurso dos Passadiços do Mondego existem sete antigas fábricas têxteis que o município também pretende potenciar no âmbito da aposta no turismo industrial.
Sérgio Costa explicou, ainda, que a autarquia pretende criar um programa que envolva “tudo aquilo que anda à volta dos Passadiços”, para que as pessoas visitem e fiquem na Guarda “por um fim de semana completo”.