Segundo o autarca Manuel Fonseca (PS), “todo o concelho está envolvido no Orçamento Participativo” do município para 2016.
“Nós vamos às freguesias. Não fazemos só a comunicação através do ‘Facebook’ ou através do portal [na internet]. Não. Vamos às freguesias dizer assim: ‘nós temos aqui este dinheiro, vocês apresentem o projeto ou apresentem uma ideia, no sentido de [que] para a vossa freguesia [a ideia] possa ser feita’. É isso que nós estamos a fazer neste momento”, contou hoje o responsável à agência Lusa.
O Orçamento Participativo de Fornos de Algodres, denominado “Por Fornos Eu Participo!”, tem este ano uma dotação de 30 mil euros, sendo que serão votados e escolhidos três projetos, cujo valor não poderá ultrapassar os 10 mil euros.
A primeira fase do Orçamento Participativo, relacionada com a submissão de propostas, decorre até ao final do mês de março, seguindo-se a votação dos vários projetos sugeridos, indicou o autarca.
“A discussão será até ao final do mês, no sentido de sabermos efetivamente que projetos é que existem. Tendo esses projetos, haverá votação, a nível das freguesias e vamos escolher os projetos mais votados”, explicou.
Manuel Fonseca reconhece que “tem havido um trabalho muito grande nas freguesias”, porque o executivo municipal que lidera entende que “é necessário que as pessoas participem”.
“Nós temos que envolver os munícipes, não podemos chamá-los só a falar connosco na altura de eleições. É nestas alturas que têm que vir [falar com o executivo municipal], criticando, dizendo e apresentando projetos. Por isso é que nós estamos nesse processo”, referiu.
O autarca adiantou que o processo em curso é “dinâmico” e tem havido uma adesão “muito grande por parte das várias freguesias”, o que permitirá que a Câmara Municipal de Fornos de Algodres, no distrito da Guarda, possa realizar ainda este ano “dois ou três” dos projetos sugeridos, ficando os outros “sinalizados” para os próximos anos.
“Tem havido projetos muito engraçados que nunca nos tínhamos lembrado deles. Se calhar ficamos com uma mostra daquilo que podemos fazer futuramente”, concluiu.
As propostas são recebidas através de uma plataforma eletrónica criada pela autarquia para o efeito e em formulários próprios preenchidos aquando da realização das Assembleias Participativas em cada uma das 12 freguesias do concelho.