Número de inscritos no ensino superior atinge máximo histórico

O ensino superior público é responsável por 81% dos inscritos, crescendo 4% face ao ano anterior, enquanto os inscritos no ensino superior privado crescem 5%.

Portugal registou um novo máximo histórico de 411.995 mil estudantes inscritos no ensino superior no último ano letivo (2020/21), mais 15 mil estudantes do que no ano letivo anterior, de acordo com as estatísticas oficiais divulgadas pela Direção-Geral de Estatísticas de Educação e Ciência.

Num comunicado enviado, o gabinete do ministro do Ensino Superior explicou que os dados “acompanham o crescimento da taxa de escolaridade do ensino superior da população residente entre os 30 e os 34 anos, que atingiu 45,5% no 2.º trimestre de 2021, reforçando a tendência crescente dos últimos anos”.

Os dados oficiais mostraram já no início de julho que Portugal tinha registado um novo máximo histórico no número de diplomados em 2019/20, com os estabelecimentos de ensino superior a emitirem 85.799 diplomas, mais 4.661 do que no ano letivo anterior. Este crescimento de 6% face ao ano anterior representa o quarto crescimento anual consecutivo e a taxa de crescimento anual mais elevada desde 2006/07. Mostra um aumento na capacidade anual de diplomação de cerca 17% face a 2015/16.

Na mesma nota o Governo aponta uma subida de 4% no número de estudantes inscritos no ensino superior face ao ano anterior, a taxa de crescimento anual mais elevada na última década. Mostra ainda uma evolução crescente e continua do ciclo de expansão do ensino superior verificado desde 2015, ano em que o número de inscritos no Ensino Superior era inferior a 350 mil. Até ao momento, o ano letivo com maior número de estudantes havia sido registado em 2010/11, com cerca de 403 mil estudantes inscritos.

Os dados divulgados revelam também que:

O ensino superior público é responsável por 81% dos inscritos, crescendo 4% face ao ano anterior, enquanto os inscritos no ensino superior privado crescem 5%;
O número de inscritos no ensino politécnico cresce mais de 5% face ao ano anterior, representando 37% do total (150 mil inscritos) enquanto o ensino universitário (261 mil inscritos) regista um aumento de 3% face ao ano anterior;
Em termos de ciclo de estudos: 57% dos estudantes estão inscritos em Licenciaturas, crescendo 4% face ao ano anterior e 11% desde 2014/15;
O número de inscritos em Cursos Técnicos Superiores Profissionais (CTeSP) supera pela primeira vez os 18 mil estudantes, o que representa um crescimento de 4% face ao ano anterior e compara com os 395 inscritos em 2014/15. Este dinamismo confirma como as formações de curta duração oferecidas pelos Politécnicos em colaboração com o tecido produtivo têm permitido reforçar a base social do ensino superior através da consolidação de novos percursos de qualificação da população;
Os mestrados concentram 16% dos inscritos e crescem 4% face ao ano anterior, reforçando o importante dinamismo verificado nos anos mais recentes (crescimento de26% desde 2014/15);
O número de inscritos em doutoramento regista também um novo máximo, com 23544 inscritos, crescendo 8% face ao ano anteriore 22% desde 2014/15.
Em termos de áreas de educação e formação: O total das áreas STEAM (Ciências, Tecnologias, Engenharia, Artes e Matemática) representa mais de 60% do total dos inscritos; As Tecnologias de Informação e Comunicação destacam-se enquanto a área mais dinâmica, com crescimento de 8,1% face ao ano anterior e 93% face a 2014/15, subindo o número de inscritos de 6 mil para cerca de 12 mil; As Ciências empresariais, Administração e Direito incluem 22% dos inscritos, seguidas das Engenharias (20%) e da Saúde e Proteção Social (15%).
Este registo histórico é ainda mais pronunciado ao limitar a análise aos novos estudantes em cada ciclo de estudos (inscritos no 1º ano, pela 1.ª vez), universo que cresce mais de 8% face ao ano anterior e ultrapassa pela primeira vez os 140 mil novos inscritos.

Os dados revelam ainda que o número de estudantes em mobilidade de grau (estudantes que concluem o ensino secundário no estrangeiro e se deslocam para Portugal para aqui fazer um ciclo de estudos de ensino superior inteiro) é superior a 47 mil inscritos, sendo o Brasil o país mais representado com mais de 17 mil inscritos. Estes estudantes crescem 179% face a 2015 e 7% face ao ano anterior, o que é particularmente relevante num ano marcado por fortes restrições à mobilidade internacional.

O número crescente de inscritos no ensino superior ganha especial importância no ano em que se registou o maior número de ingressos de sempre por via do Concurso Nacional de Acesso, e ano em que cresceu, pelo quarto ano consecutivo, o número de diplomados pelo ensino superior, atingindo um novo máximo anual de 86 mil novos diplomas em 2019/2020.


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