“Esta é uma grande novidade para o Vale do Côa”, afirmou o presidente da Fundação Coa Parque, Bruno Navarro, explicando que foram criadas “condições no MC para a instalação de um Centro de Ciência Viva”.
Segundo o responsável, o principal objetivo é “combater a sazonalidade dos fluxos turísticos, com a visitação da comunidade escolar, assumindo-se o museu como local de passagem de conhecimento científico”.
Foi também anunciada a criação no MC de uma “Quinta de Ciência Viva” como objetivo de promover junto da comunidade escolar a produção de azeite e de amêndoa.
“Neste espaço pretendemos criar uma escola dedicada à Ciência Viva, para que os alunos possam passar uma semana no Vale do Côa e criar um programa pedagógico que envolva os quatro concelhos deste território: Figueira de Castelo Rodrigo, Vila Nova de Foz Côa, Meda e Pinhel”, indicou o responsável pela fundação.
O edifício do Museu do Côa foi concebido por Camilo Rebelo e Tiago Pimentel, uma dupla de arquitetos do Porto.
Segundo o responsável, mais do que um museu de arqueologia, o MC é, em primeiro lugar, um museu de arte, com obras quer dos caçadores-artistas do “Gravettense”, quer dos últimos moleiros rupestres da Canada do Inferno, temas que agora estão ao dispor da ciência viva.
Para o presidente da Câmara de Vila Nova de Foz Côa, Gustavo Duarte, a criação de um Centro de Ciência Viva é um propósito antigo que agora se tornou numa realidade.
“Este novo Centro de Ciência Viva, embora com algum atraso, é uma mais-valia para este concelho que integra dois patrimónios mundiais classificados pela UNESCO. Com este novo polo de ciência, estou certo que o mesmo vai atrair mais gente ao nosso território”, frisou o autarca deste concelho do distrito da Guarda.
A Ciência Viva, a Fundação Côa Parque e a Câmara de Vila Nova de Foz Côa promovem no sábado e no domínio o Festival Ciência Viva do Vale do Côa, que vai decorrer no centro histórico da cidade do Douro Superior.
O Festival Ciência Viva do Vale do Côa terá oficinas, bancas com experiências e conversas com cientistas dinamizadas por Centros Ciência Viva e instituições científicas.
Segundo a organização, a festa de ciência e cultura popular contará também com produtores locais, que participarão com bancas de venda de produtos regionais, lado a lado com investigadores.