As jornadas “Desimaginar o Mundo – Manuel António Pina 2018”, de homenagem ao autor de “Todas as Palavras”, tiveram início no dia 16 de novembro, no Porto, para seis dias de iniciativas, com a inauguração de uma exposição de fotografia, na Estação da Trindade.
A mostra coletiva “… desimaginar o mundo, descriá-lo …” toma poemas do escritor por mote e fica patente na Estação da Trindade do Metro do Porto até ao fim do ano, a par da mostra que também se estende ao Mira Fórum.
As jornadas, que congregam exposições, debates e a exibição do filme-documentário “As Casas Não Morrem”, culminaram no domingo, dia do 75.º aniversário do escritor, num encontro na Biblioteca Municipal Almeida Garrett.
Manuel António Pina nasceu em 18 de novembro de 1943, no concelho de Sabugal, distrito da Guarda, e é autor “de uma das obras mais consistentes e imaginativas da literatura atual, escrita em língua portuguesa”, segundo e organização, que envolve, entre outras instituições, as universidades de Lisboa, Nova de Lisboa, do Porto, de São Paulo e Federal de São Paulo, o Mira Fórum, a Escola Superior de Arte e Design e a Escola Artística de Soares dos Reis.
O 75.º aniversário do nascimento de Manuel António Pina é causa próxima da realização das jornadas, mas é a obra do poeta, ficcionista, cronista e dramaturgo, que tem vindo a mobilizar encontros em São Paulo e no Porto, a edição da sua poesia no Brasil, e a reunião de professores, investigadores, críticos e amantes da literatura em Lisboa, em data ainda anunciar.
No domingo, a Biblioteca Municipal Almeida Garrett do Porto recebeu a sessão oficial de abertura das “Jornadas Desimaginar o Mundo – Manuel António Pina. Porto 2018”, com uma mesa redonda em que participam os autores Pedro Mexia, Inês Fonseca Santos e João Paulo Cotrim.
O filme-documentário “As Casas Não Morrem”, de Pedro Macedo, sobre “uma história que Manuel António Pina gostava de contar”, será exibido durante a sessão.
Neste dia, haverá ainda espaço para uma “Conversa entre Amigos”, com os escritores Álvaro Magalhães, Germano Silva, João Luiz e Arnaldo Saraiva, será inaugurada a exposição “Os Livros”, com obras e manuscritos de Manuel António Pina, e realizar-se-á uma mostra de teatro de estudantes, do ensino básico ao superior, em homenagem ao autor.
O programa das jornadas internacionais que, segundo a organização, têm o propósito de “consolidar e alargar o âmbito do conhecimento, da reflexão e da disseminação do universo literário, existencial e artístico do poeta António Manuel Pina”, terminam no Porto, na próxima quinta-feira, pelas 21h30, na Galeria MIRA, com a leitura de textos e poemas do escritor.
A programação em Lisboa tem ainda “datas a definir”, de acordo com o ‘site’ da iniciativa.
No Brasil, as “Jornadas Manuel António Pina” decorreram nos dias 07 e 08 de novembro, na Casa das Rosas, em São Paulo, com sessões de leituras e depoimentos de autores brasileiros, dinamizadas pelo poeta e crítico literário Leonardo Gandolfi, que organizou a antologia “O Coração Pronto para o Roubo”, de Manuel António Pina, publicada pela editora 34.
As jornadas são promovidas pelo Instituto de Estudos da Literatura e Tradição da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, da Universidade Nova de Lisboa, pelo Centro de Investigação e Estudos em Belas-Artes, da Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa, conta com o Instituto de Literatura Comparada Margarida Losa, da Universidade do Porto, com o MIRA Forum, a Escola Superior de Arte e Design e a Escola Artística de Soares dos Reis.
No Brasil, tiveram o apoio da Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade Federal de São Paulo e a Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, com a colaboração da Casa das Rosas – Espaço Haroldo de Campos de poesia e literatura.
O programa está disponível, aqui.