Incêndios: Covilhã vai ter comissão para acompanhar trabalhos do pós-fogo na serra da Estrela

A nova comissão terá um mandato de três anos e será constituída por um representante de cada grupo municipal e pelos presidentes de junta das seis freguesias afetadas pelo grande incêndio da serra da Estrela.

A Covilhã vai ter uma comissão municipal para acompanhar os trabalhos do pós-fogo e a aplicação do anunciado Plano de Revitalização da serra da Estrela, na sequência do grande incêndio que afetou aquele território em agosto.


“A comissão terá por missão o acompanhamento dos trabalhos do município e da aplicação do Plano de Revitalização da Serra da Estrela, na sequência dos incêndios florestais de 2022, bem como o que diz respeito à evolução da recuperação do território”, é referido na proposta para a criação deste grupo de acompanhamento.


A proposta foi aprovada por unanimidade em reunião da Assembleia Municipal, realizada na segunda-feira, e já tinha sido previamente acordada por todos os grupos municipais daquele órgão (PS, PSD, CDS, PCP e PPM/MPT/Aliança).


A nova comissão terá um mandato de três anos e será constituída por um representante de cada grupo municipal e pelos presidentes de junta das seis freguesias afetadas pelo grande incêndio da serra da Estrela.


Remeterá regularmente à Assembleia Municipal relatórios sobre os trabalhos realizados na prossecução do seu objeto.


Na última semana, o presidente da Câmara da Covilhã, Vítor Pereira, já tinha adiantado que neste fogo arderam 5.587 hectares do concelho e que os prejuízos rondam os 35 milhões de euros, entre a parte pública e privada.


O grande incêndio na serra da Estrela deflagrou no dia 06 de agosto em Garrocho, no concelho da Covilhã (distrito de Castelo Branco) e rapidamente alastrou a outros concelhos da zona da serra da Estrela.


De acordo com os dados governamentais, este fogo consumiu 28 mil hectares do Parque Natural da Serra da Estrela (PNSE), sendo que o Governo aprovou a declaração de situação de calamidade para este território, que vigora durante um ano.


No dia 15, o Governo também aprovou medidas no valor de 200 milhões de euros para aplicar nos concelhos com maior área ardida este ano em Portugal.


Da verba de 200 milhões de euros, “40 a 50%” é para os concelhos da serra da Estrela, segundo especificou, no dia 17, a ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa.


A governante detalhou que o pacote global abarca medidas de emergência, que devem estar no terreno até ao fim deste ano, e medidas de resiliência e competitividade, que devem ser implementadas até junho de 2023.


Além dos municípios da serra da Estrela (Celorico da Beira, Covilhã, Gouveia, Guarda, Manteigas e Seia), também são elegíveis para estes apoios os municípios de Carrazeda de Ansiães (Bragança), Mesão Frio (Vila Real), Murça (Vila Real), Vila Real, Albergaria-a-Velha (Aveiro), Alvaiázere (Leiria), Ansião (Leiria) e Ourém (Santarém).


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