“Nós pretendemos manter baixo o preço da água, por um princípio de coesão territorial, e atratividade para o concelho de Foz Côa. Depois do parecer da Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR), que no início de 2022, após um período de seca, o município atualizou os preços da água e está num processo de atualização das tarifas do saneamento”, indicou.
Contudo, o autarca social-democrata acrescentou que em 2023, este município do Douro Superior, fez um aumento do preço da água, “tendo em conta a sustentabilidade ambiental, mas de acordo com a boa saúde financeira do município, assumiu o referencial da despesa em orçamento municipal”.
João Paulo Sousa reagia, assim, a um estudo da Deco PROteste que dava conta que Vila Nova de Foz Côa era um dos cinco concelho no país, onde o preço da água é mais baixo.
“Por exemplo, para um consumo anual de 120m3 (120 metros cúbicos) de água, uma família em Amarante paga uma fatura global de 494,47 euros, enquanto em Vila Nova de Foz Côa o custo dos três serviços é de apenas 94,09 euros – uma diferença de 400 euros”, é realçado no estudo.
No caso de consumos anuais de água mais elevados, de 180m3, a discrepância na fatura global agrava-se, segundo a associação, referindo que o Fundão apresenta uma fatura de 776,74 euros e Foz Côa de 125,92 euros, ou seja, mais de 650 euros de diferença.
De acordo com a análise, Amarante, Oliveira de Azeméis, Ovar, Albergaria-a-Velha e Baião são os cinco concelhos onde a fatura global (120 m3/ano) é mais elevada.
Já Vila Nova de Foz Côa, Castro Daire, Terras do Bouro, Vila Flor e Vila Nova de Paiva registam os valores mais reduzidos.
“Nos consumos anuais de 180 m3, o ‘top 5’ dos que têm a fatura mais elevada é ocupado por Fundão, Oliveira de Azeméis, Santa Maria da Feira, Amarante e Espinho. Já no fundo da tabela estão, novamente, os mesmos cinco concelhos liderados por Vila Nova de Foz Coa”, segundo o estudo.
João Paulo Sousa frisou ainda “que esta tomada de posição não se trata de compensação social para as famílias do concelho”.
“O município, ao ter condições financeiras, colocou como prioritário assumir parte da componente desta despesa com o abastecimento de água, saneamento e resíduos no conselho”, frisou.
“Não nos metemos das decisões dos outros municípios, mas a autarquia de Vila Nova de Foz Côa considera prioritárias iniciativas como o suporte com as despesas com abastecimento de água, saneamento e resíduos, a par dos imposto municipais que estão nos valores mínimos para criar atratividade ao concelho”, enfatizou João Paulo Sousa.