Falta de professor de Economia revolta encarregados de educação na Guarda

Os encarregados de educação dos alunos das turmas do curso de Ciências Sócio Económicas dos 11.º e 12.º anos da Escola Secundária da Sé, na Guarda, estão indignados por os estudantes não terem professor de Economia.

O descontentamento consta de uma carta enviada à Direção Regional de Educação do Centro (DREC), a que a agência Lusa hoje teve acesso, onde os subscritores pedem “uma célere análise da situação”. No documento é referido que o problema verificado na Escola Secundária da Sé é preocupante pelo facto de estar relacionado com uma disciplina específica do curso, “tendo os alunos do 11.º ano exame nacional”. “Atendendo tratar-se de uma situação que merece ser particularizada, pelo facto de estarem em causa os resultados dos exames nacionais, bem como as médias de acesso ao ensino superior e o bom nome da Escola da Sé, a única no distrito onde existe este curso, apelamos a uma célere análise da situação”, lê-se no documento. Na carta é ainda pedido à DREC que transfira para a Escola Secundária da Sé uma professora que, no ano letivo de 2013/2014 ali lecionou a disciplina de Economia, mas que este ano foi colocada na Escola Campos de Melo, na cidade da Covilhã. Os encarregados de educação pedem a transferência da docente para a Guarda para “dar continuidade ao excelente trabalho que tem desenvolvido” junto dos alunos. Em alternativa, sugerem a colocação de um docente “habilitado e vocacionado para ministrar a disciplina de Economia, ficando, deste modo, assegurada, embora que de forma tardia, a lecionação da disciplina”. A carta explica ainda que no dia 15 de outubro aquela disciplina começou a ser ministrada por uma professora, com habilitações próprias, mas que “demonstrou estar desconfortável com a situação” por sempre ter lecionado outras disciplinas a ciclos de ensino inferiores ao secundário. A docente “apresentou baixa médica na terceira aula, por um período de 30 dias” e, segundo o documento enviado à DREC, existem “fortes indícios” de que a mesma se prolongará. A carta foi enviada à DREC, ao Ministro da Educação, à Direção-Geral da Administração Escolar (DGAE), ao Agrupamento de Escolas da Sé e à Câmara Municipal da Guarda.


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