Estrela Geopark assinala um ano de classificação pela UNESCO com nove caminhadas

O coordenador executivo da Associação Geopark Estrela sublinha que o primeiro ano de existência do Estrela Geopark “tem sido o corolário do trabalho iniciado em 2016.

O primeiro aniversário da classificação do Estrela Geopark pela UNESCO, que se comemora no sábado, vai ser assinalado com a realização de nove caminhadas nos nove municípios do território, foi hoje anunciado.

“Naturalmente, não poderíamos deixar de comemorar esta efeméride e decidimos fazê-lo da forma como um Geopark UNESCO deve atuar; com as comunidades. Assim, nos próximos três fins de semana iremos promover nove caminhadas interpretadas, nos nove municípios do território, convidando as populações a conhecer o seu território e o seu património, para melhor o preservar e valorizar”, adiantou à agência Lusa Emanuel Castro.

Segundo o coordenador executivo da Associação Geopark Estrela, a iniciativa também pretende “fomentar o sentido de orgulho e pertença dos habitantes” do Geopark, “tornando-os agentes de gestão e mudança”.

No dia 10 de julho de 2020, a Organização para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) distinguiu o território da Serra da Estrela como Geopark Mundial, tornando-a no quinto Geopark português e num dos 169 territórios classificados em todo o mundo.

A Associação Geopark Estrela tem sede no Instituto Politécnico da Guarda e é composta por nove municípios dos distritos da Guarda, Castelo Branco e Coimbra (Belmonte, Celorico da Beira, Covilhã, Fornos de Algodres, Gouveia, Guarda, Manteigas, Oliveira do Hospital e Seia), pelo IPG e pela Universidade da Beira Interior (UBI).

“Na verdade, o primeiro ano tem sido promissor, demonstrando o grande potencial que este território tem e o quão importante é a sua distinção internacional por parte da UNESCO”, refere Emanuel Castro.

O responsável destaca o Prémio Geoconservação atribuído pela ProGEO, a nomeação como um dos finalistas do Prémio Nacional de Turismo 2020, o terceiro prémio dos Prémios de Empreendedorismo do Turismo do Centro, “entre muitos outros que têm sublinhado o trabalho e a relevância deste Geopark”.

“O nosso passado recente fica ainda marcado pelo aprofundamento do trabalho realizado em parceria com o Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas, com o Turismo de Portugal e com os restantes Geoparks Mundiais da UNESCO Portugueses”, acrescenta.

Refere, também, “a formação com o Turismo de Portugal na área do Geoturismo ou a aprovação, em parceria com o Instituto Politécnico da Guarda, do Curso Técnico Superior Profissional em Guias de Natureza”.

Quanto ao futuro, Emanuel Castro vaticina que “será, para o Estrela Geopark, de afirmação e de continuação do trabalho desenvolvido, com destaque para o alargamento dos locais de interesse geológico do território, que passarão de 124 para 144, a melhoria da sua visitação e a conclusão do projeto da Grande Rota (previsto para o outono de 2022)”.

“A realização da série documental ‘Estrela: um território em mudança’, cujo primeiro episódio estreou no passado dia 18 de junho, o aprofundamento da nossa rede de parceiros, em permanente crescimento, e da promoção dos produtos locais, através da marca GEOfood, à qual aderimos em agosto do ano passado, estão também em agenda”, adianta.

O coordenador executivo da Associação Geopark Estrela sublinha que o primeiro ano de existência do Estrela Geopark “tem sido o corolário do trabalho iniciado em 2016, onde os nove municípios, as instituições de ensino superior, as escolas do território, as associações locais e a comunidade em geral têm sido chamadas a participar a aprofundar e a construir um novo paradigma de desenvolvimento para a Serra da Estrela”.


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