Estrada Piornos-Manteigas reabre após obras de requalificação

A estrada ER 338, que faz a ligação entre Piornos e Manteigas, na Serra da Estrela, reabriu à circulação rodoviária após a realização de obras de requalificação, anunciou a Infraestruturas de Portugal (IP).

A empresa refere em comunicado enviado à agência Lusa que a via foi aberta ao trânsito pelas 18 horas de ontem, após uma interrupção na circulação rodoviária motivada pelas obras iniciadas no dia 27 de maio.

“Os trabalhos executados consistiram na renovação do pavimento em toda a extensão, melhoria do sistema de drenagem da estrada, reparação e colocação de nova sinalização horizontal e vertical e a reconstrução de muros em diversos locais ao longo do troço”, explica.

A IP refere ainda na nota que a concretização da obra “visa a melhoria das condições de conforto e segurança dos automobilistas que circulam nesta importante estrada com características singulares e inserida numa paisagem única” no país.

“Agradecemos compreensão pelos eventuais constrangimentos causados durante a execução da obra”, refere ainda a empresa.

A beneficiação da estrada, com cerca de 12 quilómetros, localizada em pleno Parque Natural da Serra da Estrela, representou um investimento de 947 mil euros.

A obra foi contestada pela Câmara Municipal de Manteigas e pelos habitantes daquele concelho do distrito da Guarda.

No início dos trabalhos, a autarquia e os moradores exigiram o alargamento da via e manifestaram o seu descontentamento por, durante as obras, a ER 338 estar cortada à circulação automóvel nos dois sentidos.

Os habitantes também organizaram uma manifestação na vila de Manteigas e outra na cidade da Guarda, junto das instalações da Gestão Regional da empresa IP, onde deram conta do seu descontentamento.

A Câmara Municipal de Manteigas, presidida por José Manuel Biscaia (PSD), também apresentou uma providência cautelar no Tribunal Administrativo e Fiscal de Castelo Branco, para tentar travar as obras, mas a mesma foi rejeitada.

A IP alegou que o alargamento da plataforma da ER 338, como defendiam a autarquia e a população, era “ambientalmente inadequado e financeiramente insustentável”.

“Trata-se de uma estrada de montanha, que se desenvolve ao longo do vale glaciar, onde se torna muito difícil, ambientalmente inadequado e financeiramente insustentável, qualquer cenário de alargamento da plataforma, face ao terreno acidentado e ao cenário geológico de elevada instabilidade que é atravessado”, justificou a empresa.


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