Empreendimentos turísticos e alojamento local voltam a ter alunos do superior

Os empreendimentos turísticos e os estabelecimentos de alojamento local podem voltar a receber estudantes do ensino superior deslocados, no âmbito do acordo que prevê a disponibilização de camas a preços mais acessíveis.

A medida que passou a integrar hotéis, pousadas da juventude e unidades de alojamento local começou a ser aplicada no passado ano letivo e foi agora alargada para o próximo ano letivo, através de um diploma publicado esta quarta-feira em Diário da República.

A pandemia de covid-19 levou a uma redução de oferta de camas nas residências para estudantes, devido às orientações da Direção-Geral de Saúde, tendo o Ministério da Tecnologia, Ciência e Ensino Superior (MCTES) encontrado nos empreendimentos turísticos e de estabelecimentos de alojamento local uma alternativa para os jovens.

“Na sequência das reuniões já mantidas com a área governativa da ciência, tecnologia e ensino superior, as associações comunicaram que o interesse dos respetivos associados em oferecer serviços de alojamento de estudantes deslocados se mantém, mantendo-se genericamente iguais os pressupostos que se verificaram no ano letivo transato”, lê-se no diploma assinado pelo ministro do Ensino Superior e pela secretaria de Estado do Turismo.

Os estabelecimentos hoteleiros podem assim decidir se disponibilizam todos os quartos ou apenas alguns aos estudantes, sendo que têm de cumprir as regras sanitárias estabelecidas pelas autoridades de saúde.

A atual equipa do Ministério do Ensino Superior levou a cabo um plano nacional de alojamento para aumentar o número de camas para os estudantes, uma vez que os elevados preços dos quartos eram um dos entraves para o acesso ou continuação dos estudos de muitos alunos.

Lançado em 2018, o Plano Nacional para o Alojamento no Ensino Superior (PNAES) tinha como objetivo duplicar, até 2030, a oferta de camas existentes, mobilizando instituições de ensino superior, autarquias locais e entidades estatais.

Além das tradicionais residências de estudantes, o plano veio contemplar também as pousadas da juventude, infraestruturas militares, dioceses e até misericórdias. No ano passado, passou a integrar os espaços hoteleiros.

O número e tipo de camas disponíveis está acessível através do Observatório Digital do Alojamento Estudantil (https://www.student.alfredo.pt/), uma plataforma ‘online’ que identifica diariamente a oferta privada de alojamento para estudantes, as zonas onde os estudantes estão alojados e as rendas praticadas a nível nacional, assim como o nível de ocupação e a evolução da oferta pública de camas em residências para estudantes.


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