Através de uma pergunta dirigida ao ministro da Saúde, os deputados Miguel Santos, Luís Vales, Ângela Guerra e Carlos Peixoto, os dois últimos eleitos pelo círculo eleitoral da Guarda, querem saber que medidas o Governo pretende tomar para assegurar o reforço, naquela unidade de saúde, de médicos nas especialidades de gastrenterologia, cardiologia, ortopedia e radiologia.
Os deputados também perguntam no requerimento enviado através da Assembleia da República “como pretende o Governo garantir que seja assegurado o rápido restabelecimento da normalidade na realização de colonoscopias e endoscopias” na Unidade Local de Saúde (ULS) da cidade mais alta do país.
No documento, explicam que a ULS “perdeu recentemente dois médicos, encontrando-se o serviço de gastrenterologia atualmente a funcionar apenas com uma médica, para mais encontrando-se esta a trabalhar a tempo parcial, ou seja, 20 horas semanais”.
“A primeira consequência deste facto é o aumento da lista de espera para a realização de colonoscopias e endoscopias, quer a doentes internados quer a utentes externos da referida ULS, com exames marcados já até ao final de 2017 e, muitos deles, entretanto, mesmo desmarcados”, denunciam.
Segundo os deputados sociais-democratas, outra consequência da falta de médicos reflete-se na urgência médico-cirúrgica da ULS/Guarda, “que passou a ter de transferir os doentes para os hospitais de Viseu e de Coimbra, tendo ainda de recorrer a entidades privadas”.
A situação “prejudica gravemente a prestação de cuidados de saúde especializados aos cidadãos”, alertam.
Explicam ainda que aquela unidade “regista um grave défice de médicos em diversas especialidades, de que são exemplo a cardiologia, a ortopedia e a radiologia”.
Os deputados do PSD também apontam que, desde dezembro de 2016, se verifica uma “grave” infiltração de água nas instalações da ULS da Guarda, “situação que pode comportar riscos de segurança para os utilizadores”, além de “um evidente desconforto especialmente para os doentes internados no serviço de ortopedia”.
“De tal modo a situação é grave que, segundo a imprensa tem noticiado, em dias de chuva, o corredor da enfermaria é equiparado à rua, onde a água é aparada em baldes”, relatam.
Sobre este assunto, perguntam ao ministro da Saúde “como pretende o Governo garantir a resolução do problema da infiltração de água” naquele serviço.