Com o aparecimento da pandemia, a empresa instalada no Parque Industrial da Guarda ficou com as encomendas canceladas e os proprietários recorreram à imaginação para contornarem a situação e disponibilizarem no mercado alguns produtos e equipamentos de proteção relacionados com a covid-19.
“Numa semana [os clientes] cancelaram todas as encomendas de eventos e 90% do nosso trabalho é [relacionado com] eventos. Estávamos com produtos para grandes eventos, como a Bolsa de Turismo de Lisboa e a Feira Ibérica de Turismo (Guarda) e para todos os eventos que há pelas aldeias”, disse hoje à agência Lusa Paulo Fonseca, sócio-gerente da empresa Via Rápida – Publicidade e Artes Gráficas, com mais de 25 anos de existência.
Segundo o responsável, sem recorrer a novos investimentos e apostando na “imaginação”, foram lançados novos artigos no mercado relacionados com a proteção da pandemia causada pelo coronavírus.
A firma da Guarda passou a produzir, entre outros artigos, viseiras e máscaras personalizadas, acrílicos para locais de atendimento ao público (janelas de atendimento com e sem abas), ponteiros ‘touch’ personalizados (para evitar, por exemplo, que as pessoas toquem nos teclados dos terminais multibanco ou nos botões dos elevadores), sinalética diversa e fitas de marcação (para empresas, serviços públicos, hospitais, comércios, restaurantes, etc.).
O catálogo disponibilizado aos clientes inclui também camisolas, porcelanas, blocos de notas e garrafas com as mensagens “Vai ficar tudo bem”, “Stay home” e “Home quarantine”.
As viseiras e as máscaras têm tido muita procura por a empresa disponibilizar artigos personalizados, segundo Paulo Fonseca.
“Há casos em que as vieiras e as máscaras levam o logótipo da empresa e o nome do funcionário, porque assim não há trocas”, disse.
A empresa tem recebido encomendas de vários pontos do país, situação que tem ajudado a minimizar a crise originada pela pandemia.
“Foi o que nos valeu nos últimos dias e a nossa intenção é manter a produção [dos produtos relacionados com a covid-19]. Temos sete funcionários e neste momento estamos quatro a trabalhar, mas já estivemos só dois. Calculo que no fim do mês de junho haja condições para estarmos todos”, rematou o empresário.