O presidente da Câmara Municipal da Guarda, Sérgio Costa, o presidente da Câmara Municipal de Almeida, António Machado e o presidente do NERGA, Orlando Faísca, participaram na passada terça-feira, dia 9 de janeiro, em Salamanca (Espanha) no ‘Encuentro para el Impulso del Transporte Ferroviario del Corredor Atlántico’. A iniciativa, promovida pelo Ayuntamiento de Salamanca, juntou à mesma mesa vários municípios na defesa da construção de uma nova ligação ferroviária entre Porto, Aveiro e Salamanca, com passagem por Viseu e Guarda.
No caso da Guarda, o autarca referiu a importância desta ligação para o futuro da região e do Porto Seco da Guarda, agora em fase de instalação.
Porto -Aveiro-Viseu-Guarda-Vilar Formoso-Salamanca assume-se como o corredor atlântico por excelência para a circulação de pessoas e mercadorias. Na declaração conjunta divulgada no final deste encontro ibérico, surgem como objetivos conjuntos: “Fortalecer a competitividade das linhas existentes através da otimização dos traçados e da eletrificação integral da rede; e Melhorar a interoperabilidade das infraestruturas ferroviárias para conseguir uma circulação fluida e regular de comboios entre Espanha e Portugal”.
Acrescentando ainda que “a aceleração desta conexão transfronteiriça, sem excluir outras possíveis, irá facilitar, em simultâneo, um transporte eficiente de passageiros em comboios de alta velocidade e um fluxo ágil de mercadorias, gerando novas oportunidades empresariais e maiores possibilidades de fixar a população”.
Para os municípios reunidos neste encontro, a ligação ferroviária deste Corredor Atlântico trará aos territórios “desenvolvimento económico, social e ambiental”. Pelo que, o documento deixa ainda o apelo aos governos dos dois países para: “Impulsionar a via de conexão do Corredor Atlântico no troço ibérico (Porto-Aveiro-Salamanca) e a sua ligação com Madrid, por forma a facilitar uma mobilidade eficiente de passageiros e mercadorias por transporte ferroviário entre Espanha e Portugal; Garantir a implementação de comboios de alta velocidade nesta conexão ferroviária que permita o desenvolvimento económico regional e gere oportunidades para novas iniciativas empresariais que favoreçam umas perspectivas de futuro renovadas para atrair e fixar a população, e por fim, avançar neste projeto decisivo que beneficiará, não apenas as nossas empresas, mas também o desenvolvimento sustentável e a prosperidade partilhada dos nossos territórios”.