Comando nacional da Unidade de Emergência de Proteção e Socorro fica na Guarda

O comando nacional da Unidade de Emergência de Proteção e Socorro (UEPS), que ficará instalado na cidade da Guarda, cumpre, segundo o ministro da Administração Interna, o “compromisso” de coesão territorial.

“Esta é uma unidade muito importante, à qual o Governo e eu próprio estamos muito ligados. A transformação dos GIPS [Grupo de Intervenção de proteção e Socorro] em unidade foi decidida quando cheguei à Administração Interna, em outubro de 2017, após os trágicos incêndios desse ano”, afirmou esta terça-feira Eduardo Cabrita.

A instalação do comando nacional na cidade da Guarda, explicou no seu discurso durante a cerimónia de entrega do estandarte nacional à UEPS, na Guarda, “confirma um desígnio político” feito ao presidente da câmara nesse mesmo ano de 2017, aquando da visita à cidade após os incêndios.

“A colocação do comando desta nova unidade aqui tem a ver com um compromisso com a coesão territorial que é a marca da Guarda Nacional Republicana”, acrescentou o ministro que disse ser “uma das suas maiores decisões estratégicas”.

“A colocação na cidade da Guarda do comando nacional da Unidade de Emergência de Proteção e Socorro e a colocação do centro de formação da Guarda [Nacional Republicana] na cidade de Portalegre”, exemplificou.

Eduardo Cabrita destacou que esta unidade “tinha na altura cerca de 500 elementos e apenas atuava em 12 distritos do país e tem hoje cerca de 1150 e está presente em todo o território continental e na Região Autónoma da Madeira”.

O ministro disse que a GNR e as Juntas de Freguesia são, em determinados locais, “os dois rostos do Estado”, uma vez que esta força de segurança “está presente como verdadeira força policial da coesão territorial em mais de 500 locais do país”.

Em relação à estrutura do comando dos militares da UEPS, que “estão em 48 locais diferentes do país”, que vai ficar na Guarda, ainda não tem residência, uma vez que a sua localização está a ser discutida entre o Governo e a autarquia local.

“Há aqui uma responsabilidade política que é do Governo, mas há uma parceria que tem de ser feita localmente e com toda a abertura vamos trabalhar. A decisão está tomada e esta entrega solene do estandarte nacional é o símbolo de que o comando da UEPS ficará nesta cidade da Guarda, sendo que é uma força que está presente em todo o território nacional”, disse, mais concretamente, com militares “em 48 locais diferentes”.

“E tem sido decisiva nos grandes incêndios, este ano, mais de 3.000 operações helitransportadas, no ano passado, que houve mais incêndios, mais de 5.000 operações helitransportadas, para além daquelas em que não há o recurso ao apoio aéreo”, contabilizou.

O ministro da Administração Interna disse ainda que a UEPS contribuiu “decisivamente para um resultado que se deve a todo o sistema de proteção civil”, mas que, este ano, registou “o menor número de ocorrências da última década”.

Estes últimos 10 anos, afirmou, registou “79% da área ardida abaixo da média e mais de 95% dos incêndios foram resolvidos no ataque inicial, isto é, na primeira hora e meia, não chegaram a crescer e não assumiram grande dimensão”.


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