Os deputados do CDS-PP Isabel Galriça Neto, João Rebelo e Ana Rita Bessa questionaram o Governo sobre a demissão de três diretores no Hospital Sousa Martins, que pertence à Unidade Local de Saúde (ULS) da Guarda.
Numa pergunta dirigida ao ministro da Saúde, os deputados interrogam se Adalberto Campos Fernandes está “em condições de confirmar o pedido de demissão de três diretores de serviço da ULS Guarda”.
No documento, o CDS-PP refere que, na quarta-feira, uma reportagem televisiva deu conta “da demissão de três diretores de serviço no Hospital Sousa Martins, da ULS Guarda, nomeadamente um da área cirúrgica, outro coordenador de blocos operatórios e um terceiro na cirurgia de ambulatório”.
“Em causa estará a alegada falta de controlo, por parte do Conselho de Administração, na aquisição de material cirúrgico, nomeadamente vários procedimentos relacionados com a compra de material para ortopedia, urologia e cirurgia, e também de alegados conflitos de interesse entre médicos com responsabilidade nessa aquisição e empresas que fornecem os materiais”, lê-se.
Na pergunta, os deputados do CDS-PP também perguntam ao titular da pasta da Saúde se tem conhecimento e confirma “as denúncias de várias irregularidades relacionadas com a compra de materiais, concursos e contratos de prestação de serviços”.
Querem igualmente esclarecer se a presença na ULS/Guarda de elementos da Inspeção-Geral das Atividades em Saúde e da Autoridade para as Condições do Trabalho “já está relacionada com essas denúncias”.
Os deputados pretendem ainda saber que medidas estão a ser tomadas “para averiguar da veracidade destes factos” e para, “com a necessária urgência, resolver estas situações”.
O CDS-PP explica que a mesma notícia “dá conta de que também o concurso de cirurgia terá sido aberto e logo depois anulado, por alegadas irregularidades denunciadas por um dos potenciais candidatos”.
Segundo Isabel Galriça Neto, João Rebelo e Ana Rita Bessa, “há outras denúncias de ilegalidades respeitantes ao contrato da ULS Guarda com uma empresa de segurança privada”.
“A confirmarem-se estas informações, o CDS-PP considera a situação grave e entende ser pertinente obter esclarecimentos por parte do senhor ministro da Saúde”, é referido.