Câmara da Guarda compra antiga têxtil na aldeia de Trinta para criar área empresarial

Na freguesia de Trinta o município comprou o imóvel da antiga empresa de fabrico de mantas e de cobertores Vasco Costa Sousa, Lda., também conhecida por Serralã.

A Câmara Municipal da Guarda aprovou ontem, dia 23 de janeiro, por unanimidade, a aquisição, em leilão público, do edifício de uma antiga fábrica têxtil da aldeia de Trinta, para área empresarial de fixação de pequenas e micro empresas.


Segundo o autarca da Guarda, Sérgio Costa (Movimento Pela Guarda), o município adquiriu o imóvel pelo valor de 50 mil euros, para adaptação a área de localização empresarial.


“É esse caminho que temos vindo a fazer ao longo do nosso mandato. Criar pequenas, se quisermos, micro áreas de localização empresarial, para que alguns negócios que se queiram fixar naquele território possam ter ali um espaço digno para desenvolverem o seu negócio”, explicou aos jornalistas, no final da reunião quinzenal do executivo.


Sérgio Costa lembrou que o município que lidera adquiriu anteriormente um edifício do género em Famalicão da Serra e outro na vila de Gonçalo (para instalação do Centro Interpretativo da Cestaria).


Na freguesia de Trinta o município comprou o imóvel da antiga empresa de fabrico de mantas e de cobertores Vasco Costa Sousa, Lda., também conhecida por Serralã, que começou a funcionar na década de 1960 e fechou no início de 2019.


O vereador do PS, Luís Couto, votou favoravelmente, mas alertou que o executivo deve repensar a aquisição de mais edifícios nas freguesias.


Os dois eleitos do PSD presentes na reunião (Carlos Chaves Monteiro e Vítor Amaral) votaram também a favor, embora Vítor Amaral tenha proposto que caso falhe o objetivo da compra, o município instale no espaço um polo museológico industrial, dada a importância da freguesia de Trinta para a história do setor têxtil.


A Câmara Municipal da Guarda também decidiu, por unanimidade, isentar, até ao final do ano, as taxas das esplanadas, exceto daquelas que ocupam lugares de estacionamento na via pública que registam uma redução de 50% do valor.


Segundo o presidente da autarquia, a decisão foi tomada “tendo em conta as dificuldades económicas” devido ao aumento da inflação.


Entre outros assuntos, o executivo também deliberou, por unanimidade, aprovar a adjudicação das obras de requalificação de quatro parques infantis da cidade: Castelos Velhos, Estação (Rua do Povo), Quinta do Pincho e Rua do Rosmaninhal (Sequeira).


Sérgio Costa disse que estes são os primeiros parques a requalificar no âmbito da requalificação de todos os equipamentos da cidade, uma intervenção que custará “cerca de um milhão de euros, sem qualquer financiamento”.


No período de antes da ordem do dia da reunião camarária, o vereador do PS, Luís Couto, propôs um voto de louvor ao Governo, por ter tomado a decisão de incluir a recuperação do antigo Hotel Turismo na rede das Pousadas de Portugal, mas o mesmo foi chumbado com os votos contra dos dois vereadores do PSD e com a abstenção dos três eleitos do Movimento Pela Guarda.


O presidente da autarquia, o independente Sérgio Costa, justificou a abstenção por o socialista não ter incluído na proposta, como sugeriu, uma referência ao trabalho que fez o município “particularmente ao longo do último ano”.


Já o PSD, como explicou o vereador e ex-presidente da autarquia Carlos Chaves Monteiro, votou contra por considerar que a decisão de reabilitar o antigo hotel “se integra na livre capacidade de gerir a causa pública” por parte de um político ou de um governante.


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