A Dura Automotive – Indústria de Componentes para Automóveis, Lda., instalada na freguesia de Vila Cortez do Mondego, no concelho da Guarda, tem mais de uma centena e meia de trabalhadores.
Na moção, apresentada pelo deputado Rui Ribeiro (PS), é referido que, desde o primeiro trimestre deste ano, a fábrica tem sido notícia “pelos piores motivos”.
Nessa altura, referiu o PS, foi dada nota, pela Comissão de Trabalhadores, de “que a empresa estaria com dificuldades em manter os atuais níveis de atividade naquela fábrica, devido às encomendas ao grupo estarem prestes a sofrer uma importante redução”.
“Com efeito, tratando-se de uma unidade produtiva no ‘cluster’ automóvel, ali têm sido fabricados produtos quase exclusivamente para um único cliente que, de acordo com as informações disponibilizadas, se prepara para os encomendar a um fornecedor alternativo, que é, alegadamente, uma empresa do mesmo grupo empresarial que esse cliente da Dura”, lê-se no documento.
O PS refere que encara “com preocupação as notícias que dão como possível e/ou previsível uma redução de atividade de tal ordem que a fábrica de Vila Cortez do Mondego teria a sua existência colocada em causa”, o que “teria um impacto dramático não só na freguesia de Vila Cortez do Mondego, mas em todas as freguesias limítrofes”.
O grupo parlamentar do PS na AM refere que tem acompanhado a situação junto do gabinete do ministro da Economia, tendo sido informado de que “atualmente as Secretarias de Estado da Economia e da Internacionalização desenvolveram contactos com o acionista da Dura Automotive Systems, encontrando-se envolvidos na procura de uma solução que permita prolongar por mais algum tempo a laboração naquela unidade industrial”.
No entanto, face à “enorme preocupação” com o cenário de redução da laboração e da paragem da fábrica, a AM deliberou, por unanimidade, “instar o Ministério da Economia, a Secretaria de Estado da Economia e a Secretaria de Estado da Internacionalização, bem como os organismos públicos por si tutelados com competências na dinamização empresarial, a desenvolver todos os esforços na busca de uma solução de continuidade para a fábrica”.
Na mesma sessão, a AM da Guarda, presidida por Cidália Valbom (PSD), aprovou, por unanimidade, uma moção da CDU, para garantir que no território “exista uma política ambiental, que seja fator de coesão e de dinamização económico e social”, e outra do PSD para criação e implementação de um Plano Municipal de Descarbonização e de Combate às Alterações Climáticas.