A Assembleia Municipal (AM) da Guarda aprovou hoje, por unanimidade, uma moção onde insta a Câmara, presidida pelo independente Sérgio Costa, a adotar “medidas concretas e urgentes” para fazer face à carência habitacional a custo acessível.
A moção foi apresentada pela deputada do PS Paulisa d’Assunção, após a celebração, no dia 25 de janeiro, de um protocolo de cooperação para apoio a Projetos de Habitação a Custos Acessíveis das Beiras e Serra da Estrela, entre o Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU) e a Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela (CIM-BSE).
Segundo o PS, a Câmara Municipal da Guarda candidatou-se ao programa de habitação a custos acessíveis com um projeto “que prevê unicamente 11 fogos, no valor de 485 mil euros, o segundo valor mais baixo entre todos os que foram propostos pelos 15 municípios” da CIM-BSE.
Neste sentido, de acordo com o texto do documento, a AM decidiu “instar a Câmara Municipal da Guarda a adotar medidas concretas e urgentes, para fazer face à carência habitacional a custo acessível, mormente fazendo um estudo sobre as carências habitacionais no concelho, incluindo alojamento para estudantes”, apresentando candidaturas futuras a programas de apoio à criação de habitação acessível, “de forma ponderada e planeada, onde identifique fogos habitacionais, onde inclua uma promoção da reabilitação urbana do centro histórico da cidade da Guarda, e inclua a participação das freguesias rurais, de modo a promover também o repovoamento das aldeias”.
A AM, presidida por José Relva (Movimento Pela Guarda – PG), reunida na Sala António de Almeida Santos, no edifício dos Paços do Concelho, também aprovou, entre outras, uma moção, apresentada por Ana Rita Brissos (PSD) sobre a criação de um consultório móvel “para fazer chegar a saúde mental a todas as freguesias da Guarda”.
A deputada explicou que a proposta, na área da prevenção, aprovada por maioria, será complementar ao trabalho desenvolvido pela Unidade Local de Saúde e permitirá “melhorar muito a saúde mental no concelho da Guarda, chegando facilmente a todos”.
A AM aprovou, ainda, por proposta do PS, por unanimidade, um voto de louvor aos profissionais do jornal semanário Terras da Beira (TB) que ao fim de 30 anos de atividade “cessou a sua missão de informar e comunicar”.
Na apresentação do voto de louvor, a deputada Manuela Fernandes, lembrou que a última publicação do jornal “foi para as bancas no dia 19 de janeiro” e o semanário “durante 30 anos provocou o debate e a discussão sobre temas cruciais para o desenvolvimento do concelho e da região”.
“Os seus profissionais sempre se orientaram pelos princípios da liberdade, do pluralismo e da independência, como de resto se pode ler no seu Estatuto Editorial. O TB vai fazer falta à pluralidade de ideias, à capacidade crítica e criativa da cidade. Com o fim do TB perde-se um pouco da entidade coletiva”, referiu.
A AM decidiu conceder um voto de louvor aos profissionais do jornal “pela sua dedicação e isenção ao longo destes 30 anos”.
No período de antes da ordem do dia da sessão que começou por volta das 10:00, aquele órgão autárquico também aprovou três votos de pesar e cumpriu um minuto de silêncio pelo falecimento do padre Bernardo Terreiro (apresentado pelo PG), pelas vítimas do terramoto na Turquia e na Síria (PS) e da agressão da Rússia contra a Ucrânia e de solidariedade para com o povo Ucraniano (PS).