O Parlamento Europeu (PE) defendeu ontem, em Estrasburgo, que as regiões ultraperiféricas (RUP), como os Açores e Madeira, necessitam de medidas mais adaptadas e de recursos adequados, aprovando um relatório de Álvaro Amaro (PSD).
Os eurodeputados adotaram, com 589 votos a favor, 22 contra e 17 abstenções, a sua posição sobre a estratégia da Comissão Europeia para as regiões ultraperiféricas, defendendo que o executivo comunitário apresente planos de ação para executar a estratégia e a apoie com fundos adequados.
O relatório aprovado defende que a política para as RUP “se concentre na competitividade e preveja uma abordagem adaptada que reflita as necessidades de cada região ultraperiférica, uma vez que as políticas atuais não têm suficientemente em conta as suas especificidades”.
“O Parlamento Europeu alargou a proposta inicial, sublinhando o papel das RUP na governação dos oceanos e o seu potencial em matéria de energias renováveis e de exploração espacial”, salientou Amaro, em comunicado.
Há nove territórios da União Europeia com estatuto de RUP localizados nos oceanos Atlântico e Índico, na bacia das Caraíbas e na América do Sul, incluindo Açores e Madeira (Portugal), Ilhas Canárias (Espanha), Guadalupe, Guiana Francesa, Martinica, Maiote, Reunião e São Martinho (França).