A25 cortada nos dois sentidos, entre o nó de Leomil e Vilar Formoso, por causa dos protestos dos agricultores

Trator

Os agricultores estão esta quinta-feira na rua, de norte a sul, reclamando a valorização do setor e condições justas, num protesto que deverá bloquear várias estradas.

Os agricultores reclamam a valorização do setor e condições justas, num protesto que deverá bloquear várias estradas de norte a sul, tal como tem acontecido noutros pontos da Europa.

Os agricultores estão esta quinta-feira na rua, de norte a sul, reclamando a valorização do setor e condições justas, num protesto que deverá bloquear várias estradas, tal como tem acontecido noutros pontos da Europa.

Em causa está uma iniciativa do Movimento Civil de Agricultores, que teve início às 06:00.
A A25 encontra-se cortada nos dois sentidos, entre o nó de Leomil e Vilar Formoso, na Guarda.

Em Santarém há uma concentração de 100 tratores na Golegã, com condicionamento na ponte da Chamusca. Já em Beja, entre Vila Verde e Ficalho, na Estrada Nacional 260, cerca de 45 tratores e quatro viaturas pesadas ocupam a via.

O protesto decorre um dia depois de o Governo ter anunciado um pacote de mais de 400 milhões de euros, destinado a mitigar o impacto provocado pela seca e a reforçar o Plano Estratégico da Política Agrícola Comum (PEPAC).

Segundo um comunicado divulgado esta quarta-feira, os agricultores reclamam o direito à alimentação adequada, condições justas e a valorização da atividade.

O movimento, que se apresenta como espontâneo e apartidário, garantiu que os agricultores portugueses estão preparados para “se defenderem do ataque permanente à sustentabilidade, à soberania alimentar e à vida rural”.

Os agricultores do Alentejo prometeram bloquear com tratores e máquinas agrícolas as três principais fronteiras da região com Espanha, nomeadamente, Caia (Elvas, distrito de Portalegre), Mourão (Évora) e Vila Verde de Ficalho (Serpa, distrito de Beja).

A presidente da Associação dos Agricultores do Distrito de Portalegre (AADP), Fermelinda Carvalho, manifestou-se a favor do protesto, adiantando estar a ajudar na sua organização, apesar de ressalvar tratar-se de uma iniciativa espontânea, que não foi convocada por associações ou confederações.

Na região Norte, a porta-voz dos agricultores de Trás-os-Montes, Douro e Minho do Movimento Civil Agricultores de Portugal disse que a manifestação surge em resposta ao autismo do Governo e das confederações pelos problemas do setor.

Ana Rita Bivar explicou que sendo um movimento “totalmente espontâneo”, é difícil apontar com precisão os locais onde vão decorrer os protestos.

Contudo, apontou, “com mais certeza”, a região de Trás-os-Montes, em Barca d’Alva, Freixo de Espada à Cinta, Bemposta, Miranda do Douro e no IC5.

A responsável indicou que “há grandes movimentações” previstas também para Vila Real, Lamego, Macedo de Cavaleiros, mas disse desconhecer em que local do Minho ocorrerão os protestos.

Também no Algarve os agricultores vão realizar uma marcha lenta entre Faro e Castro Marim.

Segundo a informação enviada à agência Lusa pela porta-voz do movimento civil de agricultores no Algarve, Fátima da Rocha, os participantes são chamados a agrupar-se junto ao Estádio Algarve, no Parque das Cidades Faro-Loulé, pelas 05:00, iniciando uma hora depois uma marcha lenta pela Estrada Nacional 125, até Castro Marim.

Já os agricultores do Ribatejo e Oeste vão juntar-se na Ponte da Chamusca, depois da recusa de duas autarquias do distrito de Santarém em autorizarem manifestações nos seus concelhos.

A concentração em que os agricultores vão “mostrar descontentamento” pela demora na reposição de ajudas ao setor será reduzida apenas aos concelhos da Chamusca e da Golegã, ambos no distrito de Santarém, devido ao facto de as autarquias de Barquinha e do Entroncamento “não terem autorizado qualquer manifestação”, explicou Nuno Mayer, porta-voz do Movimento Civil Agricultores de Portugal nesta região.

Na quarta-feira, o Governo anunciou um pacote de apoio ao rendimento dos agricultores, que ultrapassa os 400 milhões de euros de dotação.


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