“Estamos a falar em cerca de 65 enfermeiros que são necessários na ULS. É uma das nossas principais preocupações que já vem do Governo anterior. E mantemos”, disse à agência Lusa Ricardo Correia, dirigente da Direção Regional da Beira Alta do SEP, que hoje reuniu com o deputado do PS Santinho Pacheco, eleito pelo círculo eleitoral da Guarda.
O sindicalista referiu que o SEP já teve “várias reuniões” com o enfermeiro diretor e com o Conselho de Administração (CA) da ULS e que, em termos de carência de enfermeiros, “o diagnóstico está feito”.
“A maior dificuldade reside no Orçamento do Estado e na abertura de um concurso e de vagas para que estes [65] enfermeiros sejam contratados”, observou.
O SEP está também preocupado com a precariedade de alguns profissionais que estão a trabalhar na ULS/Guarda, que abrange dois hospitais (Guarda e Seia) e 13 centros de saúde do distrito (exceto o de Aguiar da Beira).
“É um triste fado. Temos novamente contratos [de trabalho] a termo que estão a acabar brevemente e o CA não consegue renová-los. A curto prazo são cinco casos, mas temos também 25 enfermeiros que estão a exercer funções através de uma empresa de subcontratação”, explicou.
Estas e outras preocupações foram hoje transmitidas numa audiência com o deputado do PS Santinho Pacheco, realizada no salão nobre do antigo Governo Civil da Guarda.
“A mim compete-me fazer um relatório da situação, que entregarei ao Grupo Parlamentar do PS na Assembleia da República que, depois, o fará chegar ao ministro da Saúde”, disse à Lusa Santinho Pacheco.
No entanto, o deputado mostra-se preocupado com a carência de enfermeiros, reconhecendo que “para haver uma maior humanização dos cuidados de saúde é preciso haver um maior rácio de enfermeiro por doente”.
Santinho Pacheco, que foi o último governador civil do distrito da Guarda, regressou hoje ao edifício do Governo Civil onde, a partir de agora, dispõe de um espaço, autorizado pelo Ministério da Administração Interna, para poder receber os eleitores e outros responsáveis do distrito que o procurem.
Santinho Pacheco destaca o “simbolismo” de regressar em trabalho a um edifício onde, nas funções de governador civil, passou “momentos de grande felicidade política e pessoal”.