O filme “Se Eu Tivesse Uma Vaca”, da realizadora espanhola Norma Nebot, é o vencedor da edição 2013 do CineEco – Festival Internacional de Cinema Ambiental da Serra da Estrela, revelou a organização.
Segundo Mário Jorge Branquinho, diretor executivo do certame que terminou este sábado em Seia, a película de Norma Nebot ganhou a ‘Campânula d’ Ouro’ do festival, correspondente ao grande prémio de ambiente, no valor de 2.500 euros. “Trata-se de uma curta-metragem documental, passada no Burkina Faso, que, através do otimismo e humor, explica animadamente a mais real das realidades deste país africano, pretendendo ao mesmo tempo mostrar, como ideias simples podem mover montanhas”, disse à agência Lusa Mário Jorge Branquinho. O júri da competição internacional, presidido pelo diretor da Cinemateca brasileira Lisandro Nogueira e constituído por Suzana Amado (diretora do Filmambiente, do Rio de Janeiro), Carla Dâmaso (Observatório do Mar dos Açores), Luís Portugal (músico) e Peter Vogelaere (professor universitário belga) atribuiu ainda o prémio antropologia ambiental ao filme “Damocracy”, de Todd Southgate (Brasil). “Vamos Salvar os Alimentos”, de Valentin Thurn (Alemanha), recebeu o prémio educação ambiental e a película “Tradicional Mobília Irlandesa”, de Tony Donoghue (Irlanda), foi galardoado com o prémio curta-metragem. O júri da lusofonia, constituído por Ana Fernandes, Aida Brito, Anita Cunhal, Dora Tracana e Maisa Antunes, atribuiu o prémio Camacho Costa à obra “Meu Pescador, Meu Velho”, de Amaya Sumpsi (Portugal), no valor de 1.500 euros. “Transparências Perdidas”, de Mário Pereira, Vítor Brito e Carlos Amaro (Portugal) venceu o prémio panorama regional da lusofonia e “A Quintinha”, de Nikos Dayandas (Grécia), “A Aldeia dos Tísicos”, de Hugo Dinis Neves (Portugal), e “Linear”, de Amir Admoni (Brasil), receberam menções honrosas. O filme vencedor do panorama regional (“Transparências Perdidas”), que aborda as consequências dos incêndios florestais na Serra da Estrela, ganhou ainda uma menção honrosa do júri da juventude, que integrava Filipe Patrocínio, Diana Neves, Luísa Soares e Miguel Moreira, entre outros. Os jurados da juventude atribuíram o prémio de longa-metragem à obra “Metamorfose”, de Sebastian Mez (Alemanha), o galardão de curta-metragem a “Thilafushi Gon’Dudhoh”, de Giulio Pedretti e Roberto Carini (Itália), e uma menção honrosa à fita “A Alquimia do Espírito”, de Paulo Prazeres (Portugal). O festival de cinema ambiental da Serra da Estrela, organizado pela Câmara Municipal de Seia, visa a divulgação de valores naturais e ecológicos, através do cinema e de atividades culturais, que abordam temas da atualidade como a biodiversidade, sustentabilidade, energias renováveis, requalificação urbana, alimentação biológica e compromissos ambientais de uma forma abrangente e pedagógica.