O Governo e os parceiros sociais definiram esta terça-feira, em sede de Concertação Social, que o valor do salário mínimo para o próximo ano será de 580 euros, tal como se previa.
Em declarações aos jornalistas, no final da reunião, o secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, afirmou que “o processo para o aumento do salário mínimo nacional termina hoje” e “a única coisa que foi exposta é que independentemente de haver acordo ou não, o Governo vai cumprir” este aumento de 23 euros.
Já o líder da CIP, António Saraiva, reforçou à saída da reunião que “nem patrões nem sindicatos saíram satisfeitos da reunião”, considerando que ficou “muito por discutir”, nomeadamente no que à competitividade das empresas diz respeito.
Para o ‘patrão dos patrões’, “o valor dos 580 euros nunca esteve em discussão porque sempre foram uma imposição do Governo”. Mas questionou o porquê de serem as empresas a terem de pagar por “um fundo que está fortemente capitalizado e que teria condições para suportar este aumento”.
“Mais uma vez, a carga burocrática continua a ser agravada, por isso estamos a agravar o custo da empresas e são estas questões que queremos ver alteradas. É a competitividade que está em causa”, atirou António Saraiva.
Já João Veira Lopes, da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal, considerou também que houve temas que “ficaram por discutir”, como é disso exemplo o caso dos contratos públicos e da formação profissional, “questões que já estavam em aberto”, mas que ficaram sem “respostas concretas”.
“Não é uma situação positiva, mas o Governo tem que olhar para uma série de pontos que são do interesse das empresas, e em relação aos quais não houve resposta”, disse aos jornalistas.