As Entidades Regionais de Turismo (ERTs) foram informadas, no passado dia 23 de outubro, de um corte de 6,5% do orçamento no exercício económico de 2015, o que, por exemplo, no caso do Turismo do Centro de Portugal, representa menos 250 mil euros. De acordo com Pedro Machado, presidente da Turismo do Centro, em declarações ao Publituris, “fomos informados que, por força de um corte do Ministério da Economia ao Turismo de Portugal, as regiões iriam também ser atingidas com um corte de 6,5%”.
Para o responsável da entidade, a medida levanta problemas: “Em primeiro lugar, um problema grave de tesouraria que nos vai impedir de cumprir compromissos financeiros já assumidos para o exercício de 2015. Em segundo lugar, pode-nos colocar em causa a realização de outros compromissos a que as entidades estão obrigadas, como, por exemplo, a comparticipação que temos na Agências Regionais de Promoção Externa”. “Uma vez que o corte é cego e é de 6,5%, também vamos ter que fazer um corte cego em todos os compromissos anuais financeiros assumidos, nomeadamente na transferência direta para as Agências Regionais de Promoção Externa”, questiona o responsável. “Isso pode pôr em causa, por um lado, a tesouraria das agências e, por outro, o cumprimento dos planos de comercialização e vendas que estão contratualizados com as empresas privadas e que, neste momento, estão a acabar o ano económico de 2015″.
“Finalmente, fica por saber se este corte do Ministério da Economia ao Turismo de Portugal também foi feito às ERT’s ou se o TP está, do nosso ponto de vista, a usurpar de uma competência que não é a dele, leia-se as verbas do Orçamento de Estado para as ERT’s, e se, tendo tido um corte, o estão a aplicar na mesma proporção às entidades quando, provavelmente, é nossa convicção, não o deveriam fazer”, afirma Pedro Machado.
Este corte anunciado já mereceu da parte das entidades regionais a apresentação de “uma discordância formal” ao presidente do Turismo de Portugal.