Projeto “Vivificar” desafia artistas a criar trabalhos inéditos inspirados no Douro

O projeto “Vivificar” desafia 12 artistas, quatro dos quais do Douro, para a criação de trabalhos inéditos sobre o território duriense que serão expostos em Alijó, Lamego, Mêda, Torre de Moncorvo e Noruega.

Promovido pela plataforma de fotografia Ci.CLO, o projeto vai atribuir bolsas a quatro artistas residentes ou naturais da região do Douro, que se juntarão aos restantes oito, nacionais e noruegueses, em residências artísticas que decorrerão nos concelhos de Alijó, Lamego, Mêda, Torre de Moncorvo.

O diretor artístico da Ci.CLO, Virgílio Ferreira, afirmou, citado em comunicado, que “o projeto Vivificar parte dos conceitos de ‘viver’ e ‘ficar’, no sentido em que nasce com o propósito de procurar respostas criativas para o desafio da fixação populacional na região do Douro, baseadas na construção de diálogos com as comunidades e no aprofundamento de perspetivas sobre os contextos socioeconómicos, ecológicos e culturais dos territórios em questão”.

“Pretende-se que as intervenções ‘community-specific’ sejam inclusivas e se construam da interação entre os artistas, as comunidades e os territórios, conseguindo com isso não só estimular a reflexão artística, como contribuir para o desenvolvimento cultural da região a médio e longo prazo”, salientou o responsável.

Articulando a fotografia, novos media e arquitetura, o projeto desafia os artistas e vários especialistas para a “construção de diálogos com as comunidades”.

O programa arranca com uma convocatória para a atribuição de quatro bolsas destinadas a artistas naturais ou residentes na Região Demarcada do Douro, no valor monetário de 3.000 euros, e que inclui a participação numa residência artística a decorrer num dos quatro municípios parceiros durante seis semanas, alimentação e mentoria durante o processo de criação.

De acordo com a Ci.CLO, em cada residência artística vão intervir três artistas, designadamente um residente ou natural da região, um nacional e um norueguês, tendo “em vista a criação de trabalhos inéditos sobre estes territórios”.

Como resultado, será produzida uma exposição, apresentada nos respetivos municípios, estando também programada uma mostra coletiva no Museu do Douro e no Surnadal Billag, na Noruega, com uma seleção dos trabalhos dos 12 artistas.

O projeto Vivificar é organizado e produzido pela plataforma Ci.CLO, sendo financiado pela EEA Grants e operado pela Direção-Geral do Património Cultural, envolvendo ainda a Direção-Geral das Artes, a Fundação Museu do Douro e as câmaras de Alijó, Lamego, Mêda e Torre de Moncorvo, o Surnadal Billag A/S (Noruega) e a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), com apoio mecenático do BPI e da Fundação “la Caixa“.

O projeto enquadra-se no concurso Connecting Dots – Mobilidade Artística e Desenvolvimento de Públicos, do Programa Cultura, no âmbito dos EEA Grants, um mecanismo financeiro criado com o objetivo de reforçar as relações bilaterais entre os Estados-membros da União Europeia e a Islândia, o Liechtenstein e a Noruega.

A Ci.CLO, responsável pela organização, produção e curadoria da Bienal Fotografia do Porto, é uma estrutura independente de pesquisa e criação, na área da fotografia e sua interação com outras disciplinas artísticas, ambientais e sociais.


Conteúdo Recomendado