A autarquia referiu em comunicado enviado à agência Lusa que viu aprovada a instalação de uma Escola Ciência Viva na Plataforma de Ciência Aberta, um projeto que “irá permitir receber alunos do 1.º ciclo [do ensino básico] e pré-escolar dos Agrupamentos de Escolas raianos de Figueira de Castelo Rodrigo, Almeida [no distrito da Guarda] e Freixo de Espada à Cinta [Bragança]”.
A iniciativa envolverá “mais de 600 alunos” dos três municípios, mas a autarquia tem como objetivo alargá-la a outros concelhos da região.
“Esta candidatura irá proporcionar aos alunos, ao longo de vários dias, a oportunidade de implementarem diversas atividades construídas pela equipa da Plataforma de Ciência Aberta e por professores, numa candidatura de aproximadamente 40 mil euros, financiada a 100%, e que irá ocorrer entre maio de 2023 e março de 2025”.
A Escola Ciência Viva “é uma iniciativa inovadora da Rede de Centros Ciência Viva que aplica os recursos da museologia científica contemporânea ao primeiro ciclo do ensino básico, com um currículo que combina o trabalho prático e experimental no ensino das ciências com o ambiente educativo característico de um Centro de Ciência”, acrescentou.
Segundo a autarquia de Figueira de Castelo Rodrigo, presidida por Carlos Condesso, “o estabelecimento de uma Escola Ciência Viva na Plataforma de Ciência Aberta da Câmara Municipal tem como objetivo construir um programa inclusivo de educação em STEAM (Science, Technology, Engineering, Arts and Mathematics) focado em temas socialmente relevantes, identificados pela comunidade educativa e alinhados com o currículo escolar”.
O projeto da Escola Ciência Viva incluirá a realização de oficinas STEAM (que promovem o ensino experimental das ciências, a literacia científica e, ao mesmo tempo, o conhecimento do território), saídas de campo (com sessões de exploração do território e colaboração com parceiros locais) e encontros com cientistas (sessões práticas e de diálogo com investigadores e profissionais ligados à ciência e inovação).
Também serão promovidas iniciativas de Ciência Aberta à Comunidade, onde os alunos apresentarão o trabalho desenvolvido durante a semana a elementos convidados da comunidade, como a outros professores e alunos, a pais e a parceiros locais.
“Outro dos aspetos inovadores deste projeto será o mobiliário, que será produzido localmente a partir de resíduos de plásticos dos habitantes locais, através da utilização das máquinas ‘Precious Plastic’”, indicou o município de Figueira de Castelo Rodrigo.