Preços caíram em abril pelo terceiro mês

Depois de terem recuado 0,1% em fevereiro e cedido 0,4% em março, os preços praticados junto dos consumidores portugueses voltaram a cair em termos homólogos em abril, ainda que menos: recuaram 0,1% por comparação com o mesmo mês do ano anterior. Retirando energia e produtos alimentares frescos, a variação passou a ser positiva, tendo a taxa de inflação subjacente sido de 0,1%.

A variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor voltou a ser de sinal negativo em abril.  Depois de ter recuado 0,1% em fevereiro e cedido 0,4% em março, os preços caíram pelo terceiro mês consecutivo, ainda que menos: recuaram 0,1% em abril por comparação com o mesmo mês do ano anterior.

Retirando energia e produtos alimentares frescos, a variação passou a ser positiva, tendo a taxa de inflação subjacente sido de 0,1%. Por comparação com o mês imediatamente anterior, a taxa de inflação harmonizada (que permite comparações europeias) foi de 0,2%, informa o Instituto Nacional de Estatística (INE).

Páscoa e rendas puxam pelos preços

A classe dos transportes foi a que mais contribuiu para a variação homóloga menos negativa em abril. “A variação homóloga menos negativa do IPC comparativamente com a taxa observada no mês anterior deve-se em grande parte ao aumento da contribuição da classe dos Transportes, cuja variação homóloga passou de -3,1% em março para 0,3% em abril. Este comportamento resultou, em parte, da existência de um efeito de calendário ligado ao feriado móvel da Páscoa, que este ano ocorreu no mês de abril, enquanto em 2013 incidiu no mês de março”, explica o INE, referindo o impacto dos preços dos transportes aéreos “bastante sensíveis a efeitos de calendário”.

Nas classes com contribuições positivas para a variação homóloga dos preços, o INE salienta ainda a  da Habitação, água, eletricidade, gás e outros combustíveis (classe 4), que registou uma variação homóloga de 2,1%, “influenciada em grande medida pelo sub-subgrupo das Rendas efetivas pagas por inquilinos de residências principais”. Bebidas alcoólicas e tabaco, e a classe das comunicações, com variações de 2,4% e de 1,6% em abril, respetivamente, também contribuíram para que o índice de preços não caísse tanto como no mês anterior.

Com sinal negativo, o INE destaca a variação dos produtos alimentares e bebidas não alcoólica, cujos preços recuaram em abril o dobro do que haviam cedido em março (-0,9%, após -0,4% no mês anterior). Outros contributos negativos tiveram origem nas classes do Vestuário e calçado e do Lazer, recreação e cultura, com variações homólogas de -1,8% e -1,3%, respetivamente.


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