Portugal está mais competitivo, mas ainda longe do desempenho pré-troika

A competitividade nacional está a melhorar, mas está ainda longe dos valores registados antes da intervenção da troika.

Portugal ocupa agora o 43º lugar no ranking mundial, subindo três posições em relação ao ano anterior – em 2010, ocupava a 37ª posição, segundo o World Competitiveness Yearbook, o relatório anual elaborado pelo International Institute for Management Development (IMD), conhecida escola de negócios suíça, que mede o desempenho de 60 países a nível da competitividade, analisando mais de 300 critérios.

A lista é liderada pelos Estados Unidos, que mantém a sua posição inalterada em relação ao ano anterior, assim como a Suíça, que garante o segundo lugar. No terceiro posto está Singapura, que subiu dois lugares no ranking.

Arturo Bris, diretor do IMD World Competitiveness Center, explicou ao Dinheiro Vivo que a melhoria da competitividade nacional indica que “as medidas de austeridade impostas pela troika parecem ter dado resultado, apesar dos sacrifícios da população portuguesa”.

Entre as melhorias mais significativas, o professor realça o facto de Portugal “ter finalmente saído da recessão em 2013, com taxas de crescimento positivas do PIB”. “Isto é o resultado de preços e salários mais baixos, que aumentaram a competitividade exportadora do país e melhoraram, assim, significativamente, o saldo da conta corrente.”

Do ponto de vista fiscal, o especialista destaca “a redução da evasão fiscal, assim como a diminuição dos impostos às empresas, que as ajudou a serem mais competitivas”. Arturo Bris defende ainda que a opinião dos executivos portugueses é agora “mais otimista, com uma perceção de risco mais baixo sobre a instabilidade política”, e que estes profissionais consideram que a sociedade portuguesa está agora mais coesa.


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