Politécnico da Guarda investe meio milhão de euros para melhorar ensino à distância

A reestruturação tecnológica abrange os laboratórios, as salas de aulas, as residências, os serviços de ação social e os serviços centrais do Instituto Politécnico.

O Instituto Politécnico da Guarda (IPG) investiu mais de meio milhão de euros na rede de internet e no sistema de videoconferência para melhorar a qualidade do ensino à distância, imposto pela pandemia da covid-19.

O IPG que a imposição do ensino à distância e de modelos híbridos face à pandemia levou a instituição a “iniciar uma restruturação tecnológica profunda em todas as suas escolas”.

“Fizemos um investimento na ordem dos 500 mil euros no ‘upgrade’ da rede de internet, através de um programa da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) e de 78 mil euros em equipamento informático, nomeadamente na estrutura de videoconferência, para melhorar o ensino à distância nas instalações do IPG”, afirma Joaquim Brigas, presidente do IPG.

Segundo a fonte, “a ligação à internet no IPG passou de 400 Mbps para 10 Gbps: ou seja, a velocidade da rede é agora 25 vezes superior”.

“Um ‘download’ de 200 GB que demorava uma hora, agora dura apenas três minutos”, afirma Pedro Pinto, administrador da rede de informática do IPG.

O responsável explica que “não era feito um investimento na rede interna há mais de 15 anos” e que a instituição está agora a dotar as escolas “com tecnologia de última geração, o que permitiu criar uma estrutura de comunicação super-rápida e mais eficiente em termos energéticos”.

Para além da rede interna, o IPG fez ainda um investimento de 78 mil euros em sistemas de videoconferência e de conexão HUB, painéis interativos 4K e suportes móveis para os painéis.

“Esta nova rede de videoconferência, com tecnologia avançada ao nível de imagem e áudio, permite realizar encontros entre múltiplas pessoas de forma rápida e eficaz: seja para dar aulas à distância, para formações ‘online’, para palestras ou para assistir a conteúdos multimédia com alta definição”, afirma Joaquim Mateus, professor no IPG e membro do Centro de Formação Contínua de Professores.

A instituição informa que também investiu cerca de seis mil euros na modernização da rede de comunicações de voz, dotando a rede VoIP (tecnologia que permite estabelecer chamadas através de internet) de novas funcionalidades.

“As alterações feitas ao nível da plataforma de gestão telefónica vão permitir uma maior mobilidade dos funcionários e docentes: a curto prazo poderão atender as chamadas dos seus gabinetes nas suas casas, através do computador”, afirma Pedro Pinto.

Este responsável refere ainda que “todos os estudantes que não tiverem condições e meios tecnológicos para acompanhar as aulas à distância nas suas residências poderão fazê-lo nas instalações do IPG – nas salas de informática ou bibliotecas – para que as suas aprendizagens não sejam comprometidas”.

A reestruturação tecnológica abrange os laboratórios, as salas de aulas, as residências, os serviços de ação social e os serviços centrais. “Neste momento estamos melhor capacitados a nível tecnológico para as aulas em regime misto, ou apenas à distância. Estamos também melhor preparados para receber docentes e investigadores que queiram aproveitar os nossos laboratórios para fazerem demostrações, ensaios ou exercícios práticos por videoconferência”, afirma Joaquim Brigas.


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