Politécnico da Guarda cria ações de apoio à saúde mental da comunidade académica

O Instituto Politécnico da Guarda (IPG) está a preparar um conjunto de iniciativas de apoio à saúde mental da comunidade académica, revelou hoje a instituição.

Em comunicado enviado à agência Lusa, o IPG explica que o Gabinete de Apoio Psicológico (GAP) está a organizar uma série de ‘workshops’ de sensibilização sobre saúde mental e a criar o Espaço Diferença, orientado para a integração de alunos com necessidades educativas especiais.

Está ainda a ser desenvolvido “um projeto de mentoria para ajudar a mitigar o abandono escolar”.

A docente do IPG, psicóloga e coordenadora do GAP, Odília Cavaco, salienta que na instituição “há um forte compromisso para com a saúde dos estudantes”.

Recorda que é disponibilizado apoio psicológico desde 2009 e que a instituição tem “diversificado o espetro das iniciativas tendo em vista chegar ao maior número de alunos possível”.

Os ‘workshops’ vão ser lançados ao longo do ano letivo e dividem-se em três categorias: aprendizagem, prevenção de comportamentos de risco e saúde e bem-estar.

Já o trabalho do Espaço Diferença será focado ao nível relacional e de aprendizagem, com intervenções personalizadas individuais ou em grupo. A estrutura irá também fornecer “apoio para docentes que sintam dificuldades na relação pedagógica com estes alunos”.

Para mitigar o abandono escolar, o IPG está a implementar o Programa “Skills 4 Pós-Covid – Competências para o Futuro no Ensino Superior”.

Entre as iniciativas previstas está o lançamento do “Peer Mentoring”, projeto “no qual estudantes de anos mais avançados fazem sessões de mentoria individuais com alunos de primeiro ano para que partilham as suas dúvidas ou preocupações para que sintam mais acolhidos no meio académico”, explica o IPG.

Está ainda em fase de relançamento o Espaço Partilha, direcionado a estudantes de ensino clínico, nomeadamente da licenciatura em Enfermagem.

“A iniciativa quer criar um espaço de partilha das dificuldades e emoções vivenciadas pelos estudantes no contexto de estágio, relacionadas com sofrimento e morte”, descreve a instituição.

O comunicado realça que o IPG “se distingue nesta área a nível nacional”, tendo em conta que um quarto das instituições de ensino superior do país não oferece este tipo de apoio, como referiu recentemente um estudo encomendado pelo Governo.

A instituição lembra que segundo o Programa para a Promoção de Saúde Mental no Ensino Superior “as lacunas acentuam nas instituições do interior do país” sendo por isso “o IPG uma exceção nesta matéria”, realça no comunicado.


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