Perspetiva de "pleno acesso" aos mercados alivia juros nacionais

Risco alivia depois de o presidente do IGCP ter projetado para os próximos meses o regresso efetivo de Portugal aos mercados. Os juros dos títulos de dívida de Portugal estão esta sexta-feira a descer em quase todos os prazos, com a ‘yield’ dos títulos de dívida a dez anos e a cinco anos a cederem para 6,214% […]

Risco alivia depois de o presidente do IGCP ter projetado para os próximos meses o regresso efetivo de Portugal aos mercados.
Os juros dos títulos de dívida de Portugal estão esta sexta-feira a descer em quase todos os prazos, com a ‘yield’ dos títulos de dívida a dez anos e a cinco anos a cederem para 6,214% e 5,024%, respetivamente. No prazo a cinco anos, de resto, os juros desciam para o nível mais baixo deste mês. A queda mais significativa registava-se, no entanto, no prazo mais curto, com a ‘yield’ implícita nos juros a dois anos a perder mais de 20 pontos base para 3,370%. E isto depois de na quinta-feira a Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) ter anunciado uma nova emissão de dívida para a semana, com o lançamento de dois leilões das linhas de Bilhetes do Tesouro que vencem a 17 de Maio de 2013 e 21 de Fevereiro de 2014, estipulando um montante indicativo global para o leilão entre os 1.250 e os 1.500 milhões de euros. A operação está marcada para o dia 20. Em declarações ao Financial Times, o presidente do IGCP, João Moreira Rato, disse estar confiante que Portugal regresse de forma plena aos mercados muito em breve. «Espero que tenhamos pleno acesso aos mercados nos próximos meses», disse João Moreira Rato ao diário britânico, acrescentando que o País «está perto» desse objetivo, depois de ter «reconstruído a base de investidores». Esta será a primeira vez que Portugal vai aos mercados após a emissão sindicada de dívida a cinco anos, onde colocou 2,5 mil milhões de euros de dívida numa linha já existente de Obrigações do Tesouro que vence em outubro de 2017, pagando para isso uma taxa abaixo dos 5% e com a procura a superar os 10 mil milhões de euros.

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