A zona de caça municipal irá envolver toda a área da reserva no concelho de Penamacor e tem, segundo António Beites, duas vertentes “a primeira, o aproveitamento do potencial cinegético, e a segunda, a preservação da biodiversidade na criação do habitat, através da reintrodução do coelho bravo, para a reintrodução do lince ibérico”.
O autarca aproveita a reunião para alertar o Instituto de Conservação da Natureza e Florestas para a necessidade de limpeza dos caminhos e aceiros da Reserva Natural da Serra da Malcata. Uma situação que colocou dificuldades aos bombeiros no combate ao incêndio que deflagrou no passado fim-de-semana na reserva “apesar de a reserva ter um conjunto enorme de limitações à intervenção dentro do perímetro, creio que não faz sentido estarmos a proteger uma área em que temos centenas de hectares sem um único acesso e em que os acessos de cumeada não garantem as mínimas condições de segurança para que os bombeiros possam estar presentes em caso de incêndio, em virtude de não estarem limpos, foi o que aconteceu, porque se o acesso estivesse limpo teria sido possível controlar o incêndio no cimo do monte, assim ardeu a cumeada e mais uma série de montes”.
A área ardida ainda não está calculada mas segundo o autarca as primeiras estimativas apontam para mais de 200 hectares ardidos, sobretudo mato “há uma estimativa que arderam entre 200 a 300 hectares parte dele foi mato, mas ardeu também uma plantação de pinhal”.
Preocupações que o autarca leva amanhã ao Instituto de Conservação da Natureza e Florestas.