Peditório da Liga Portuguesa Contra o Cancro arranca hoje

Mais de 30 mil voluntários da Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC) iniciam esta sexta-feira o peditório nacional a favor da luta contra uma doença que mata, em média, 70 pessoas por dia em Portugal.

O peditório, que decorre até domingo em todo o país, “é a grande fonte de angariação de fundos da Liga Portuguesa Contra o Cancro e os recursos que estamos a pedir aos portugueses vão servir para combater o cancro”, disse à agência Lusa o presidente da LPCC. Francisco Cavaleiro de Ferreira sublinhou que o trabalho da Liga “é cada vez mais indispensável”, devido ao aumento do número de casos, e que “nunca são demais” os recursos para combater esta doença. Dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) referem que os casos de cancro aumentaram em Portugal, entre 2002 e 2012, e ultrapassaram os 23% no total das causas de morte. Só em 2012, morreram uma média de 70 pessoas por dia em Portugal por tumores malignos e, em 10 anos, a taxa bruta de mortalidade aumentou 14,1%. Um relatório sobre doenças oncológicas da Direcção-Geral da Saúde (DGS) estima que os casos de cancro em Portugal deverão aumentar entre 12 a 15% por ano, até 2030. Enquanto em 2010 a incidência do cancro era pouco superior a 40 mil casos, em 2020 atingirá os 50 mil, refere o relatório. O valor angariado no peditório destina-se a financiar as quatro áreas de intervenção da Liga: Apoio ao doente oncológico e sua família, prevenção primária e secundária (rastreios) e apoio à formação e investigação em oncologia. Em 2012, o peditório nacional da Liga angariou 1,560 milhões de euros, tendo este valor crescido no ano passado, segundo o presidente da Liga, que não precisou o valor arrecadado. “Felizmente temos contado com o extraordinário apoio do povo português que é de uma solidariedade impressionante. No ano passado registámos um crescimento e temos a expectativa de registarmos um novo crescimento este ano”, adiantou Francisco Cavaleiro de Ferreira. Salientou ainda que o peditório não é apenas uma recolha de fundos, essencial para a actividade da Liga, mas também “uma manifestação do envolvimento das pessoas nesta causa e da capacidade do povo português para dar e ajudar os outros”.


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