Nesta décima edição do documento da consultora sobre o setor da hotelaria em Portugal, a Deloitte conclui que se registou um crescimento de 772 novos empreendimentos turísticos, que correspondem a mais de 45.000 novas unidades de alojamento (quartos ou apartamentos).
Em causa está a comparação entre o número de estabelecimentos referidos no Atlas da Hotelaria 2005 (886) e os 1.729 registados agora, em 2015, excluindo os hotéis rurais, que na primeira edição deste documento não foram contabilizados.
Para este ano, está prevista a abertura de 53 hotéis no país, indica a Deloitte, que destaca o número de empreendimentos a inaugurar na região de Lisboa (21), seguida pelo Norte (11) e Centro do país (10).
É na região lisboeta, aliás, que os preços médios por quarto e a receita por quarto disponível (RevPar) são mais elevados, com valores registados em 2014 de 70,60 euros e 47,90 euros, respetivamente. Seguem-se a Madeira (53,06 euros e 35,82 euros) e o Algarve (50,86 euros e 30,96).
Foi também em Lisboa que se registou a mais alta taxa de ocupação hoteleira em 2014 (67,8%), com a Madeira em segundo lugar (67,5%) e Algarve em terceiro (60,9%).
Em contrapartida, é a região algarvia que concentra a maior oferta hoteleira do país, com 25% do total de empreendimentos turísticos, que se traduzem em 33% do total das unidades de alojamento disponíveis, sublinha a Deloitte.
Quanto aos grupos empresariais do setor, a liderança do ranking por número de unidades de alojamento mantém-se inalterada desde 2005, adianta também a consultora.
Em primeiro lugar surge novamente, na edição do Atlas de 2015, o grupo Pestana Hotels & Resorts/Pousadas de Portugal, com um total de 6.953 unidades de alojamento, oferecidas em 62 empreendimentos.
Ainda assim, “comparando com 2005, a cadeia hoteleira mais do que duplicou o número de unidades de alojamento e triplicou o número de unidades hoteleiras”, acrescenta a Deloitte, num comunicado hoje divulgado.
Seguem-se os grupos Vila Galé Hotéis e Accor Hotel, com 3.884 e 3.235 unidades de alojamento, respetivamente.