O Museu do Côa bateu o recorde de visitantes diários, desde a sua abertura em 2010, com a exposição “Dark Safari”, concebida sobre a Coleção de Arte Contemporânea do Estado (CACE), ao atingir 885 entradas no passado domingo.
A exposição “Dark Safari”, que abriu na sexta-feira, dia 17 de fevereiro, no Museu do Côa (MC), em Vila Nova de Foz Côa, somou 2182 visitantes de sábado a quarta-feira, atingindo “o maior número de visitantes/dia”, desde a sua inauguração em agosto de 2010, “com 885 visitas num só dia”, avançou o Ministério da Cultura.
A mostra constitui o primeiro capítulo no projeto de circulação da CACE pelo país, que já este ano se deverá expandir, com outras novas exposições, a concelhos como os de Beja, Castelo Branco e Tavira, em datas ainda a definir.
Em declarações prestadas hoje à agência Lusa, o ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva, disse que “o número impressionante de pessoas que visitaram o Museu do Côa [MC] por estes dias”, tendo em conta tratar-se de um museu numa cidade do interior, afastado dos grandes centros, “mostra que investir na aquisição de arte contemporânea para a Coleção do Estado e fazê-la circular é claramente uma aposta ganha”.
“Esta aposta na arte contemporânea revela duas coisas fundamentais: por um lado que as pessoas estão disponíveis e interessadas para conhecer a CACE, e depois que tudo isto é fator de atração, porque pessoas de outras zonas do país vão visitar estes espaços”, frisou o governante.
“A democratização do acesso à cultura é uma prioridade das políticas públicas neste setor [cultura] sendo por isso que fazemos circular a CACE por todo o território nacional”, disse Pedro Adão e Silva.
“É um dia que fica para a história do Museu do Côa, com especial significado por se encontrar associado a uma iniciativa de Arte Contemporânea. Relativamente a idêntico período em 2022, verifica-se um aumento de 50 por cento no número de visitantes”, avançou fonte do Ministério da Cultura.
“Quando num território de baixa densidade, distante das áreas metropolitanas, atingimos este número de visitantes, revela duas coisas fundamentais: por um lado que as pessoas estão não só disponíveis como interessadas em conhecer esta coleção, e por outro que estas iniciativas constituem um fator de atração para que pessoas de outras zonas do país vão também visitar estes espaços”, disse o ministro da Cultura.
Para a presidente da Fundação Côa Parque, Aida Carvalho, este número de visitantes (2182), em apenas quatro dias, é um sinal de que os portugueses procuram arte e cultura, independentemente da localização geográfica onde se encontram.
“A arte contemporânea é uma complementaridade da arte paleolítica, e faz todo o sentido e o seu encontro aqui no Museu do Côa. Os visitantes veem com muita satisfação entre encontro entre estes dois tipos de arte”, vincou a responsável.
O programa de circulação da CACE vai traduzir-se ainda em 2023 em novas exposições, com novas curadorias, nas regiões Centro e Sul do país, em localidades como Castelo Branco, Beja e Tavira, mas ainda sem datas definidas.
A exposição “Dark Safari”, com mais de 40 obras de autores portugueses e estrangeiros, constitui o primeiro momento da CACE que ficará patente em dois polos de Vila Nova de Foz Côa – Museu do Côa e Centro Cultural de Foz Côa -, até 30 de julho.
A mostra conta com obras de Andy Warhol, Fernão Cruz, Helena Almeida, Hugo Canoilas, Jimmie Durham, João Fonte Santa, Ana Pérez-Quiroga, Kiluanji Kia Henda, Luís Lázaro Matos, On Kawara, Sara Bichão e Tiago Baptista, entre outros artistas.