Ministro da Agricultura admite que Estado pode tomar conta de propriedades abandonadas

Ministro reforçou a ideia de que a limpeza dos terrenos é essencial na prevenção de incêndios florestais. António Serrano, ministro da Agricultura, admitiu que o Estado poderá vir a tomar conta das propriedades que estejam ao abandono e pediu à população «comportamentos mais cuidadosos» na prevenção dos incêndios. «Temos de perceber que a floresta é […]

Ministro reforçou a ideia de que a limpeza dos terrenos é essencial na prevenção de incêndios florestais.
António Serrano, ministro da Agricultura, admitiu que o Estado poderá vir a tomar conta das propriedades que estejam ao abandono e pediu à população «comportamentos mais cuidadosos» na prevenção dos incêndios.
«Temos de perceber que a floresta é um bem público acima de tudo e que quando não é feita a limpeza esse facto penaliza não só o proprietário mas também a população e temos de analisar medidas mais duras», declarou o ministro da Agricultura, António Serrano, à margem de uma visita ao Festival do Marisco de Olhão, Algarve, que decorre até ao próximo domingo.
Descartando incentivos fiscais ou reforço de coimas, o ministro da Agricultura preferiu falar em alteração das «medidas de gestão da propriedade privada» e de uma «reestruturação latifundiária mais corajosa», que poderá passar por o Estado ter mais responsabilidade nas propriedades privadas e «tomar conta» das propriedades deixadas ao abandono.
António Serrano admitiu que o Estado está disponível para olhar para as propriedades mal cuidadas e intervir «com meios reforçados, seja de que maneira for, seja por via fiscal, ou por outras vias».
O ministro da Agricultura apelou também à população para ser mais atenta na prevenção dos incêndios. «Temos de centrar todas as nossas atenções no combate aos incêndios» e tem de haver «um reforço dos cuidados que a população tem de ter no contacto com a floresta, evitando comportamentos menos cuidados».
Apesar da área ardida em Portugal em 2010 ainda ser menor que em 2009, o ano tem sido «muito difícil» por causa do material combustível existente na floresta, admitiu António Serrano, acrescentando que 85% das propriedades portuguesas são privadas e que, se estiverem ao abandono, o Estado terá de intervir


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