“É uma preocupação da guarda. É, naturalmente, algo que temos em agenda”, disse o major general Agostinho Costa aos jornalistas, na Guarda, à margem da cerimónia de lançamento de um livro evocativo do centenário da instalação da força policial na cidade.
O Comando Territorial da GNR ocupa instalações do antigo Convento de São Francisco, onde já esteve o Regimento de Infantaria, que não possuem as melhores condições de trabalho.
Questionado sobre a construção de novas instalações, o responsável disse que o Comando Geral da GNR está a procurar uma solução em “ligação” com a tutela e com as autoridades locais.
“Não está para longe, está nas nossas prioridades”, disse, assumindo que aquele quartel “é uma prioridade”.
O responsável lembrou que enquanto não é feita uma intervenção de fundo, a instituição tem procurado “melhorar as condições de trabalho dos militares” e que “essa matriz é para continuar.
O comandante distrital da GNR da Guarda, o tenente coronel José Gomes, que está a acompanhar o processo, disse aos jornalistas que está prevista a requalificação do atual quartel.
“É partir da raiz de infraestruturas que já existem naquele local, melhorá-las, eventualmente construir um módulo ou outro de raiz no mesmo espaço e, dessa forma, termos, se calhar, daqui a três, quatro ou cinco anos, dependendo daquilo que seja a disponibilidade financeira do país, efetivamente um quartel novo, mas é este remodelado”, explicou.
O responsável observou que não será construída “uma infraestrutura de raiz noutro local”, mas serão remodeladas as atuais para albergarem todos os serviços, incluindo o Destacamento de Trânsito que ocupa um edifício arrendado.
O presidente da Câmara Municipal da Guarda, Álvaro Amaro, declarou que a melhoria das condições físicas do comando da GNR local é uma “aspiração” com a qual concorda.
“Está clara a minha disponibilidade para a cooperação com a GNR, com o Ministério da Administração Interna, no sentido de encontramos uma melhor solução” para resolver o problema das instalações, disse.
No entanto, para além do cenário da requalificação dos atuais edifícios, defendeu que “valia a pena” serem estudadas as “melhores soluções para o novo comando”.
O Comando Territorial da GNR da Guarda apresentou ontem um livro evocativo do primeiro centenário da instalação da força policial no distrito.
Segundo a instituição, a obra pretende testemunhar, “através de imagens e textos”, os últimos cem anos da sua presença naquele território.
A primeira companhia da GNR que chegou à cidade da Guarda, no dia 2 dezembro de 1914, era composta por cerca de 140 elementos.
O Comando da GNR tem atualmente 629 elementos, 25 postos territoriais e quatro Destacamentos Territoriais.