Lisboa abriu a cair pela terceira sessão consecutiva, mas menos de uma hora depois do arranque da sessão inverteu para terreno positivo e segue a valorizar 0,23% para os 5289,14 pontos, no dia em que Portugal volta a testar os mercados e numa altura de instabilidade política.
O PSI 20 é a única praça em terreno positivo numa Europa em maré vermelha. A subida mais expressiva é da Pharol que valoriza 4,28%. Pela positiva destaque ainda para o BCP que sobre cerca de 3%, a recuperar das perdas das últimas sessões.
A impedir maiores ganhos estão as energéticas EDP que perde 1,75% e Galp que cai 0,95%
Portugal regressa hoje aos mercados para tentar colocar entre mil milhões e 1,25 mil milhões de euros em Obrigações do Tesouro a dez e a 22 anos. A agência que gere o crédito público decidiu avançar com esta operação numa semana que está a ser marcada pela incerteza sobre qual será o próximo Governo.
Já no mercado secundário os juros da dívida portuguesa estão a avançar, em contraciclo com a tendência na Europa: a yield a 10 anos – a maturidade de referência – está a avançar 1,7 pontos base para 2,428%.
As bolsas europeias voltam a recuam perante sinais de fragilidade da economia mundial, nomeadamente da China. A praça de de Xangai fechou a cair 0,93% interrompendo um ciclo de quatro sessões consecutivas a encerrar em terreno positivo, num dia em que foram conhecidos os dados de inflação da China, que subiu 1,6% em setembro, face ao mesmo período do ano passado.
A ensombrar as negociações estão ainda as previsões que sinalizam que o PIB da China tenha crescido abaixo de 7% no terceiro trimestre, ou seja o crescimento mais lento desde 2009.
Já as bolsas norte-americanas fecharam a sessão de ontem em baixa, com as ações a deslizar das subidas das últimas sete semanas, à medida que os títulos da banca recuam antes de conhecidos os resultados do setor.
