‘Lenda do Cativo’ renasce na Feira Medieval de Belmonte

Na edição deste ano, que decorre de 14 a 18 de agosto, a Feira Medieval de Belmonte (Belmonte Medieval) centra-se n’A Lenda do Cativo.

A Câmara Municipal de Belmonte promove mais uma edição de ‘Belmonte Medieval’ a decorrer de 14 a 18 de agosto, onde estará em destaque “A Lenda do Cativo”. A feira conta com muitas iniciativas, desde animação de rua, ceia medieval ou torneio de luta de espadas, passando por oficinas diversas, passeios de burro e cortejos, espetáculos de teatro e vários momentos musicais.

A Feira Medieval de Belmonte inicia no dia 14 de agosto, pelas 18 horas, com um cortejo inaugural, que inicia na Câmara Municipal e termina no Castelo de Belmonte. A abertura do Mercado está agendada para as 19 horas, onde haverá animação de rua permanente, passeios de burro, o espetáculo “O Bobo da Charneca” e o concerto de Curinga, às 21h30, no Palco Travadores.

No dia seguinte, 15 de agosto, de entre as várias iniciativas que integram o programa destaca-se a realização da Ceia Medieval no interior do Castelo de Belmonte. As inscrições continuam abertas, sendo possível preencher o formulário AQUI.  Nessa noite, o certame acolhe o espetáculo Comunitário “A Lenda do Cativo de Belmonte” (22h), um espetáculo de fogo com Malatitsh (23h30) e, para terminar, um concerto com o grupo Gambuzinos.

Nos restantes dias, o Belmonte Medieval acolhe oficinas de Forquilha de Cordão (Lucete), cota de malha, tiro com arco, espetáculos de teatro e concertos de Berros de La Corte (dia 16), Barbarian Pipe Band (dia 17) e Trabucos (dia 18).

 

Sobre a ‘Lenda do Cativo’

Esta é a história de Manuel, um corajoso escudeiro de um cavaleiro de Belmonte. Ambos partiram da sua terra natal para combater os mouros em duras batalhas, onde sempre mostraram a sua bravura. 
Um dia, Manuel foi capturado pelos mouros e levado para Argel. Ali ficou longos anos como escravo, tendo um senhor muito cruel que lhe dava maus tratos, obrigando-o a trabalhos muito duros e à noite o fechava numa arca. 
Encarava o seu destino como uma penitência e iludia as saudades da terra e da família com as tarefas mais pesadas. Após muitos anos, o seu senhor perguntou-lhe qual o significado da palavra que Manuel repetia vezes sem conta: esperança. Manuel disse-lhe que significava o desejo de voltar à sua terra e a sua fé na Virgem da Esperança. 
O mouro respondeu-lhe que tal fé era impossível e tornou-lhe a vida ainda mais dura.
Conta a lenda que a Virgem se apiedou de Manuel e a arca onde Manuel costumava dormir elevou-se no ar e desapareceu em direção ao mar. 
No mesmo dia, as gentes de Belmonte que se dirigiam à missa na Igreja de Santa Maria viram, espantados, uma arca aterrar junto a esta e de lá sair Manuel. A alegria foi indescritível e o povo decidiu erguer nesse sítio uma outra capela, dedicada a Nossa Senhora da Esperança.
O alarido misturou-se com o cantar alegre dos sinos. O júbilo causado pela inesperada e milagrosa aparição de Manuel foi enorme.


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