Esta foi a única empresa que, até ao momento, confirmou a sua presença, mas o Dinheiro Vivo sabe que haverá mais um concorrente, pois a Deco exigia um mínimo de dois participantes, e ainda que será portuguesa, já que apenas participarão empresas nacionais.
As possibilidades apontam, assim, para a Ylce ou para a Galp, mas enquanto a primeira não foi possível contactar até ao momento, a segunda optou por não comentar operações ainda em curso. Contudo, o ano passado a Galp decidiu não participar porque a Deco exigia o pagamento de cinco euros por cada cliente que aderisse ao tarifário vencedor.
Todas as outras operadoras do mercado estão de fora, incluindo as espanholas Iberdrola e a Endesa, que o ano passado foi a única a participar. A EDP, sabe o Dinheiro Vivo, também não vai participar tal como aconteceu o ano passado e pela mesma razão, ou seja, porque lhe sai mais barato angariar clientes através dos seus meios próprios do que pagando os cinco euros à Deco.
Uma exigência que não afastou a Goldenergy do leilão. “Esse valor também dá um desconto aos consumidores e, além disso, a Deco também tem despesas e está a prestar um serviço com esta iniciativa e ele tem de ser remunerado, disse ao Dinheiro Vivo o administrador da empresa, Nuno Afonso Moreira.
“Só havia uma novidade e que é termos de apresentar um tarifário fixo durante um ano tanto no gás como na eletricidade”, adiantou. Quer isto dizer que o desconto do tarifário da Deco será sobre o valor atual a que está o gás e a eletricidade e não sobre os preços futuros, após aumentos.
Ainda assim, para este responsável, o leilão da Deco é enquadrável na estratégia desta empresa só há dois meses começou a vender eletricidade no mercado livre e, inclusive, lançou um pacote novo que junta o gás e a luz, tal como a Deco exige no leilão deste ano.