O tribunal da Guarda adiou hoje para 12 de dezembro o início do julgamento de cinco suspeitos do assalto a uma ourivesaria e a uma loja de telemóveis, devido à ausência de dois dos arguidos.
O julgamento estava marcado para as 09:30 de hoje, mas na sala de audiências apenas comparecerem três dos arguidos que estão detidos, tendo faltado os outros dois, que estão em liberdade, situação que levou o coletivo de juízes a adiar o começo do julgamento. Os arguidos têm idades entre 23 e 39 anos, e três deles estão acusados da autoria de dois crimes de furto qualificado e dois de um crime da mesma natureza. O grupo é suspeito de, em 2011, ter assaltado uma ourivesaria situada na galeria comercial do hipermercado Intermarché, com a utilização de uma viatura todo o terreno, e uma loja de telemóveis no edifício do hipermercado Pingo Doce, na Guarda. Segundo a acusação a que a agência Lusa teve acesso, os arguidos, eram conhecidos entre si e era “habitual encontrarem-se na região de Lisboa para, a partir daí, cometerem ilícitos, em grupos constituídos entre si ou com outros indivíduos”. “A determinada altura, os arguidos formularam um plano para, de comum acordo, se apropriarem de objetos de valor em ourivesarias e estabelecimentos de comércio de telemóveis, em diversas partes do país”, é referido. Acrescenta que o grupo deslocava-se “a todo o território nacional, estudando previamente os alvos a atingir”, que identificava e avaliava, “de modo a perceber os riscos e o modo de os superar, munindo-se dos meios adequados para a execução da sua atividade delituosa”. São suspeitos de, no dia 21 de setembro de 2011, no período compreendido entre as 01:00 e as 04:00, terem entrado nas instalações do supermercado Intermarché, na Guarda, e assaltado a ourivesaria existente na galeria comercial. No dia anterior terão furtado um veículo todo o terreno em Póvoa de Santo Adrião, Odivelas, que utilizaram para partir a porta principal do estabelecimento, “seguindo depois pelo corredor, partindo as portas e outros objetos que aí se encontravam”. “No mesmo veículo, os arguidos conduziram depois contra as portas de acesso à “Ourivesaria L. Filipe, Lda”, por diversas vezes, até fazerem com que se partisse e abrisse, deste modo entrando no seu interior”, lê-se também na acusação. Os arguidos, “munidos com uma marreta, partiram os mostruários e retiraram do seu interior diverso ouro e relógios” avaliados em mais de 29 mil euros. Estão também acusados de, entre as 20:00 do dia 11 de setembro de 2011 e as 04:00 do dia seguinte, terem entrado no edifício do supermercado Pingo Doce e roubado “95 telemóveis, 34 computadores e ‘tablets’ e diversos acessórios”, avaliados em mais de 14 mil euros. A acusação considera que os arguidos “agiram em comunhão de esforços e intenções, em cada uma das situações, de forma organizada, metódica e profissional, de acordo com o plano previamente traçado”.
