Janeiro foi o mês com mais mortes nos últimos 12 anos

Estes dados mostram que janeiro de 2021 foi também o que teve mais mortes comparando com todos os meses de janeiro desde 2009.

Janeiro de 2021 foi o mês que somou mais mortos nos últimos 12 anos, com 19.452 óbitos e quase todos os dias se bateram novos máximos, segundo dados do Sistema de Informação dos Certificados de Óbito (SICO).

Estes dados mostram que janeiro de 2021 foi também o que teve mais mortes comparando com todos os meses de janeiro desde 2009.

O SICO, que só integra dados dos últimos 12 anos, mostra que o dia 20 de janeiro de 2021 foi aquele em que morreram mais pessoas, por todas as causas – 746 óbitos – um valor que ultrapassou em mais de 50% o mais elevado registado no mesmo dia desde 2009 (486).

De acordo com os dados disponíveis no SICO, o dia 20 de janeiro com menos mortos foi o de 2010 (312) e aquele que registou o número mais elevado foi o de 2015 (486).

Neste ano, no dia 20 de janeiro morreram quase o dobro das pessoas do mesmo dia do ano anterior, (375).

Excluindo os primeiros quatro dias do mês, em todos os outros foi ultrapassado o valor máximo de óbitos registado em cada um dos dias do mesmo mês nos últimos 12 anos.

De acordo com os mesmos dados, desde 2009 que não tinha havido um único dia de janeiro em que tivessem morrido mais de 500 pessoas. Este ano, desde o dia 05, inclusive, que morreram sempre mais do que 520 por dia.

Se o dia com mais mortes por todas as causas foi a 20, aquele em que morreram menos pessoas foi a 02 de janeiro, com 426 óbitos, ainda assim o valor mais elevado dos últimos três anos para o mesmo dia.

Quanto aos óbitos considerados “em excesso” pelas autoridades de saúde, relativamente ao que era esperado, os dados do SICO mostram que só na última semana do mês foram mais de 2.560.

No pior mês da pandemia, as mortes por covid-19 justificaram cerca de 28% dos óbitos de janeiro.

Em relação ao “tipo de morte”, os dados do SICO mostram que, em janeiro, a maioria (90,3%, 17.068) foi considerada natural, 9% (1.709) ficou sujeita a investigação e 0,6% (114) deveu-se a causas externas.

Relativamente ao local do óbito, a maioria, 12.048, ocorreu em instituições de saúde, 4.197 no domicílio, 2.580 noutro local e em 68 casos o local da morte é desconhecido.


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