Já foi criado o viveiro para fornecer árvores a zonas ardidas

Quase 80% do território de Portugal continental estava em julho em situação de seca severa e extrema.

Um empresário de Castelo Branco ligado à silvicultura e a Câmara de Pedrógão Grande criaram um viveiro de carvalhos e de sobreiros, com cerca de cinco mil plantas, que posteriormente serão usados na reflorestação dos terrenos.

“Está tudo em andamento. Eu tinha um viveiro já desativado e disponibilizei o material para criar um pequeno viveiro, com cerca de cinco mil árvores, num terreno junto ao edifício do turismo rural e perto da escola de Pedrógão Grande”, diz José Gameiro.

O empresário da Silvapor, que se disponibilizou recentemente para oferecer árvores e efetuar a respetiva plantação em Pedrógão Grande, a título gratuito, de cerca de 30 mil árvores, explicou que a semente para as plantas deste viveiro vai ser recolhida no local, em áreas não ardidas.

O objetivo passa por envolver a comunidade escolar neste projeto, nomeadamente na recolha de sementes, e colocar uma parte imediata neste inverno, sendo que o contacto com a escola deverá ser feito pelo município de Pedrógão Grande.

Adianta que também já falou com o município de Figueiró dos Vinhos no sentido de ali instalar um viveiro semelhante a este e que irá ainda falar com a autarquia de Castanheira de Pera para um projeto semelhante.

José Gameiro esteve no dia 2 de agosto em Pedrógão Grande a fazer uma visita ao território, sendo na altura acompanhado pela engenheira da Proteção Civil do município, Margarida Gonçalves.

O empresário sublinhou ainda que brevemente vai também reunir com o coordenador da Unidade de Missão Para a Valorização do Interior (UMVI), João Paulo Catarino.

O incêndio que deflagrou em Pedrógão Grande no dia 17 de junho, no distrito de Leiria, provocou pelo menos 64 mortos e mais de 200 feridos, e só foi dado como extinto uma semana depois.

Mais de dois mil operacionais estiveram envolvidos no combate às chamas, que consumiram 53 mil hectares de floresta, o equivalente a cerca de 75 mil campos de futebol.

O fogo chegou ainda ao distrito de Castelo Branco, através da Sertã, e de Coimbra, pela Pampilhosa da Serra e Penela.


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