Investimento ferroviário vai reduzir custos de transporte até 30%

O ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques afirmou que espera ter a obra para o troço entre a Covilhã e a Guarda (Linha da Beira Baixa) adjudicada até ao final de 2017.

O ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, assinalou esta quinta-feira o arranque da intervenção no Corredor Ferroviário Internacional Norte, sublinhando que o investimento vai permitir “uma redução de até 30%” nos custos de transporte.

A intervenção nas linhas da Beira Alta e na que liga Sines a Caia (Espanha), que vai possibilitar a circulação de comboios de até 750 metros de comprimento, vai tornar a ferrovia num transporte mais competitivo, sublinhou Pedro Marques, que falava na Pampilhosa, concelho da Mealhada, durante a cerimónia de consignação de uma das duas primeiras empreitadas no plano de intervenção do Corredor Ferroviário Internacional Norte, que abrange as linhas da Beira Baixa e Beira Alta, num investimento de quase 700 milhões de euros.

A redução do custo do transporte ferroviário permite que haja um aumento da circulação de comboios de mercadorias, tornando este tipo de transporte mais atrativo para os próprios empresários, notou.

O investimento em ferrovia é “um investimento de grande alcance, um investimento no futuro do país, na competitividade externa do país, na competitividade dos nossos portos e também na competitividade das nossas terras”, realçou o membro do executivo socialista, referindo que “muitas e boas plataformas logísticas vão surgir” ao longo dos percursos intervencionados, apontando para Pampilhosa como um local que pode beneficiar desse potencial.

A Infraestruturas de Portugal vai iniciar os trabalhos de estabilização de cinco taludes localizados ao longo de 23 quilómetros, no troço compreendido entre a Estação do Luso-Buçaco e a Estação de Santa Comba Dão da Linha da Beira Alta, intervenção de cerca de dois milhões de euros que tem como objetivo assegurar o reforço das condições de segurança e circulação neste troço.

O ministro frisou que, de momento, os comboios que vêm de Leixões e Aveiro têm “de ir a sul” para utilizar a linha da Beira Alta, sendo que no contexto de modernização desta ferrovia vão ser criadas “condições para que a concordância se faça em condições e de modo rápido” para esses mesmos portos.

Pedro Marques explicou que as primeiras intervenções irão ajudar a reduzir os atrasos e constrangimentos sentidos nesta linha.

Posteriormente, e depois de finalizada a reposição da linha da Beira Baixa, na ligação entre a Guarda e a Covilhã, será possível arrancar com “a grande intervenção de fundo” na linha da Beira Alta, com o movimento de comboios a ser libertado na altura para a ferrovia da Beira Baixa.

“É um plano à altura daquilo que a nossa rede ferroviária merece e precisa”, salientou.

A Linha da Beira Alta liga o entroncamento ferroviário da Pampilhosa (Linha do Norte), à fronteira com Espanha, em Vilar Formoso.

Durante a cerimónia, o ministro afirmou ainda que prevê que até ao final do ano seja lançado o concurso para a ligação entre Évora e Elvas, na linha Sines-Caia, para que a obra esteja no terreno em 2018, e espera ter a obra para o troço entre a Covilhã e a Guarda (linha da Beira Baixa) adjudicada também até ao final de 2017.


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